- A SanCor, cooperativa argentina de laticínios que foi a maior do setor, entrou em recuperação judicial no início de dois mil e vinte e cinco, com dívidas superiores a US$ 400 milhões, e a produção caiu de mais de três milhões para cerca de quinhentos mil litros diários, gerando conflitos com trabalhadores e operação precarizada.
- O plano de crise apresentado ao tribunal prevê venda de ativos não operacionais, redução de custos e ações para equilibrar receitas e despesas, além de três modelos de negócios com fornecedores e parceiros.
- A cooperativa informou que a receita caiu quase sessenta por cento desde o início do processo judicial, comprometendo a capacidade de cumprir compromissos financeiros.
- A recuperação busca um superávit operacional por meio de acordos com credores e normalização das dívidas, reconhecendo a falta de crédito como obstáculo e destacando a intenção de capitalizar a capacidade industrial e a força da marca.
- Fundada em mil novecentos e trinta e oito, a SanCor já teve mais de cinco mil produtores e exportava para mais de sessenta países; hoje opera com seis fábricas ativas, com a liderança de produção de leite na Argentina pertencente à Mastellone Hermanos.
A cooperativa argentina de laticínios SanCor, que já foi a maior do setor no país, enfrenta graves dificuldades financeiras e entrou em recuperação judicial no início de 2025, com dívidas que superam US$ 400 milhões. A produção caiu drasticamente, de mais de 3 milhões de litros diários para cerca de 500 mil litros, o que resultou em conflitos contínuos com trabalhadores e uma operação precarizada.
Recentemente, a SanCor apresentou um plano de crise ao tribunal responsável, visando reverter sua situação. O documento destaca ações para equilibrar receitas e despesas, além de propostas para a venda de ativos não operacionais e redução de custos. Segundo a cooperativa, a receita caiu quase 60% desde o início do processo judicial, o que comprometeu sua capacidade de honrar compromissos financeiros.
Estratégia de Recuperação
O plano da SanCor inclui a busca de um superávit operacional através de acordos com credores e normalização das dívidas. A cooperativa reconhece que a falta de crédito é um dos principais obstáculos, dificultando a formalização de acordos financeiros. Em comunicado, a SanCor enfatizou a intenção de capitalizar sua capacidade industrial e a força da marca, propondo três modelos de negócios com fornecedores e parceiros.
Além disso, a SanCor planeja ajustar seu quadro de funcionários e se desfazer de ativos não operacionais. O comunicado destaca que, para alcançar o equilíbrio operacional, não basta aumentar receitas, mas também é necessário reduzir gastos, especialmente em serviços e estrutura administrativa.
Impacto e Contexto
Fundada em 1938, a SanCor já foi uma referência no setor lácteo, com mais de 5 mil produtores associados e exportações para mais de 60 países. Atualmente, a cooperativa opera com apenas seis fábricas ativas, tendo perdido grande parte de sua relevância no mercado. A liderança na produção de leite na Argentina agora pertence à Mastellone Hermanos, uma empresa privada.
A situação da SanCor ilustra os desafios enfrentados por cooperativas tradicionais em um mercado cada vez mais competitivo, além de refletir as dificuldades econômicas que o setor lácteo argentino enfrenta atualmente.