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Insegurança alimentar atinge 62,6 milhões de brasileiros

Em 2024, 62,6 milhões de brasileiros tinham insegurança alimentar; 6,4 milhões estavam em grau grave, com predomínio no Norte e Nordeste

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Um em cada quatro domicílios apresentou algum grau de insegurança alimentar em 2024, ou seja, moradores não sabiam se teriam comida suficiente ou adequada na mesa. Foto: Reprodução
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  • Em 2024, 62,6 milhões de brasileiros apresentaram insegurança alimentar, correspondendo a 24,2% das famílias, com 6,4 milhões em situação grave, especialmente no Norte e Nordeste, conforme dados do IBGE.
  • A PNAD Contínua aponta queda nos níveis leve, moderado e grave em relação a 2023: leve passou de 18,2% para 16,4%, moderado de 5,3% para 4,5% e grave de 4,1% para 3,2%.
  • A analista do IBGE, Maria Lúcia Pontes Vieira, ressalta que melhora no mercado de trabalho elevou a renda e influenciou a capacidade de compra de alimentos pelas famílias.
  • Regionalmente, o Norte tem 37,7% das famílias com algum nível de insegurança e o Nordeste, 34,8%; no Sul, a taxa de domicílios com restrição severa é de 1,7%.
  • Apesar de não estar no Mapa da Fome, menos de 2,5% da população está em risco de subnutrição; avanços ocorreram desde 2017-2018, quando 63,3% estavam em segurança, conforme comparação com dados anteriores.

A insegurança alimentar continua a ser um desafio significativo no Brasil, com 62,6 milhões de brasileiros enfrentando esse problema em 2024, o que representa 24,2% das famílias. Destes, 6,4 milhões estão em situação grave, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, conforme dados do IBGE. Apesar desse cenário preocupante, houve uma melhora em relação a 2023, quando os índices eram ainda mais altos.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) revelam que a insegurança alimentar leve caiu de 18,2% para 16,4%, a moderada de 5,3% para 4,5%, e a grave de 4,1% para 3,2%. A analista do IBGE, Maria Lúcia Pontes Vieira, destaca que a melhora no mercado de trabalho contribuiu para o aumento da renda, impactando diretamente a capacidade de aquisição de alimentos pelas famílias.

Cenário Regional

As regiões Norte e Nordeste continuam sendo as mais afetadas. No Norte, 37,7% das famílias enfrentam algum nível de insegurança alimentar, enquanto no Nordeste esse número é de 34,8%. A discrepância é evidente, já que a taxa de domicílios com restrição severa no Norte é quase quatro vezes maior do que no Sul, onde apenas 1,7% das famílias relatam essa condição.

Os dados também indicam que, embora o Brasil esteja fora do Mapa da Fome, o que significa que menos de 2,5% da população está em risco de subnutrição, a situação ainda é alarmante. A PNAD não contabiliza a totalidade dos brasileiros passando fome, mas os índices de insegurança alimentar refletem uma realidade complexa, onde a alimentação é influenciada por diversas vulnerabilidades sociais, incluindo questões raciais e de gênero.

Avanços e Desafios

Os avanços observados nas pesquisas recentes são significativos, mas a luta contra a insegurança alimentar permanece. Comparações com levantamentos anteriores mostram que, em 2023, 72,4% das residências estavam em situação de segurança alimentar, um aumento em relação aos 63,3% registrados em 2017-2018. A tendência de melhora é um sinal positivo, mas a necessidade de políticas públicas eficazes para garantir o acesso à alimentação adequada continua urgente.

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