- A independência artística cresce entre artistas contemporâneos, que buscam caminhos diretos ao público e se afastam das galerias tradicionais, prática já observada desde o século XIX por figuras como Michelangelo e Rembrandt.
- Cassinelli Mills mantém 45% das vendas e destina 5% para apoiar outros projetos, fortalecendo um ambiente de liberdade e colaboração entre artistas, especialmente mulheres e pessoas não binárias.
- Matthew Callaby utiliza o Instagram para vender obras, soma 80 mil seguidores e faz exposições pop-up, o que ajuda a reduzir comissões e aumentar a receita do artista.
- Arabel Lebrusan lançou campanha de crowdfunding para financiar sua instalação artística, enquanto Ben Edge vende merchandise para financiar seus shows em espaços não convencionais.
- O relatório aponta que 55% das artistas mulheres vendem de forma independente, com maior destaque entre quem tem 65 anos ou mais, sinalizando um caminho alternativo para a arte contemporânea.
A independência artística está se tornando uma tendência crescente entre artistas contemporâneos, que buscam alternativas ao modelo tradicional de galerias. Desde o século XIX, figuras como Michelangelo e Rembrandt já exploravam a venda direta de suas obras. Atualmente, essa prática é adotada por uma nova geração de artistas, que se afastam dos intermediários e se conectam diretamente com o público.
Recentemente, artistas como Matthew Callaby têm utilizado plataformas como o Instagram para comercializar suas obras, acumulando 80 mil seguidores e realizando exposições pop-up que geram grande demanda. Ele observa que, ao evitar as galerias, consegue manter uma maior parte da receita, já que as comissões são significativamente menores.
Novos Modelos de Negócio
A mudança de paradigma se reflete em iniciativas como a Cassinelli Mills, que promove artistas mulheres e não-binários, com um modelo que retém 45% das vendas, destinando 5% para apoiar outros projetos. Vashti Cassinelli, uma das fundadoras, destaca a importância de criar um ambiente que favoreça a liberdade e a colaboração entre artistas.
Além disso, a artista Arabel Lebrusan lançou uma campanha de crowdfunding para financiar sua instalação artística, enquanto Ben Edge tem explorado espaços inusitados para suas exposições, financiando seus projetos através da venda de merchandise. Esse movimento demonstra um crescente descontentamento com as estruturas tradicionais de poder no mercado de arte.
A Voz das Mulheres Artistas
Um relatório recente revela que 55% das artistas mulheres estão vendendo suas obras de forma independente, com destaque para aquelas acima de 65 anos, que lideram essa mudança. Essa nova dinâmica não apenas amplia as oportunidades para artistas, mas também desafia as normas estabelecidas do mercado de arte.
Essas transformações indicam um caminho alternativo para a arte contemporânea, onde a autonomia e a inovação se tornam essenciais para a sobrevivência e o sucesso dos artistas. O cenário atual é um reflexo de uma busca por maior controle sobre suas carreiras e a rejeição das limitações impostas por galerias e intermediários.