- A National Gallery do Reino Unido anunciou planos para ampliar a curadoria para além de 1900 e incluir arte contemporânea, rompendo o acordo de 2009 com a Tate.
- A mudança pode impactar o financiamento e o público de cada galeria, gerando competição entre a National Gallery, Tate Britain e Tate Modern, ambas próximas no centro de Londres.
- O diretor da National Gallery, Gabriele Finaldi, tem mostrado ambição de ampliar recursos, tendo arrecadado mais de 500 milhões de libras nos últimos dez anos.
- Historicamente, a divisão entre as coleções foi mantida; o apoio do fundador Henry Tate à criação de uma galeria britânica em 1915 estabeleceu limites, reafirmados em 2009, com a National Gallery se comprometendo a não buscar obras do início do século XX, com algumas exceções.
- O governo pode ser chamado a intervir para atender promessas de ampliar o engajamento regional e nacional dos museus, em meio a debates sobre a identidade das coleções e o papel de cada galeria no panorama museal do Reino Unido.
Recentemente, a National Gallery do Reino Unido anunciou planos para expandir sua curadoria, que anteriormente se limitava a obras até 1900, para incluir arte contemporânea. Essa decisão rompe com um acordo firmado em 2009 com a Tate, que delineava as coleções de ambas as instituições. A mudança pode impactar significativamente a dinâmica de financiamento e o público de cada galeria.
O diretor da National Gallery, Gabriele Finaldi, já demonstrou ambição em sua gestão, arrecadando mais de 500 milhões de libras nos últimos dez anos. A proposta de inclusão de arte moderna e contemporânea visa transformar a National Gallery em um museu abrangente, competindo diretamente com as Tates, que já atendem a esse segmento. A Tate Britain e a Tate Modern, localizadas a poucos quilômetros da National Gallery, podem enfrentar desafios em atrair visitantes e recursos financeiros.
Historicamente, a divisão entre as coleções da National Gallery e da Tate foi cuidadosamente mantida. O apoio de Henry Tate à criação de uma nova galeria de arte britânica em 1915 estabeleceu limites claros para as aquisições do acervo da National Gallery. Essa estrutura foi reafirmada em 2009, quando a National Gallery se comprometeu a não buscar obras do início do século XX, exceto algumas exceções.
Implicações do Novo Rumos
A decisão da National Gallery de mudar seu foco pode gerar um cenário competitivo complexo. A Tate, que já enfrentou desafios semelhantes no passado, agora se vê em uma posição vulnerável. A possibilidade de “incursões” da National Gallery nas coleções da Tate, como ocorreu anteriormente, levanta preocupações sobre a preservação da identidade de cada instituição.
Além disso, o governo britânico pode ser chamado a intervir, considerando que a promessa do partido trabalhista de aumentar o engajamento regional e nacional dos museus não poderá ser cumprida se as duas instituições investirem pesadamente em coleções semelhantes. A situação exige uma reflexão sobre os interesses da coleção nacional como um todo, e o papel de cada galeria na promoção da arte no Reino Unido.