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Bradesco usa estratégia do caso Americanas para cobrar executivos da Ambipar

Bradesco ajuíza ação paulista para impedir venda de bens de Thiago da Costa Silva e responsabilizar diretores da Ambipar, em recuperação judicial no Brasil e Chapter 11 nos EUA

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Bradesco usa estratégia jurídica do caso Americanas para cobrar executivos da Ambipar | Processo protocolado pelo Bradesco na Justiça alega que executivos podem ser responsabilizados pelos problemas financeiros da companhia. (Foto: Victor Moriyama/Bloomberg)
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  • O Bradesco protocolou na Justiça de São Paulo uma ação para impedir a venda de bens do diretor de integração e finanças, Thiago da Costa Silva, e responsabilizar pessoalmente outros executivos, incluindo o fundador e presidente-executivo, Tércio Borlenghi Junior, durante a recuperação judicial da Ambipar no Brasil e o pedido de Chapter 11 nos Estados Unidos.
  • O banco detachou R$ 390 milhões da dívida da Ambipar na ação, que alega possível fraude nas demonstrações financeiras e indicações de um fluxo de caixa “desaparecido”.
  • A Ambipar enfrenta recuperação judicial no Brasil e busca proteção sob o Chapter 11 nos EUA, em meio a investigações sobre irregularidades contábeis que teriam inflado o caixa da empresa.
  • A ambipar já havia emitido um green bond de US$ 750 milhões em janeiro de 2024; as dívidas totais somam cerca de R$ 11 bilhões, contribuindo para a deterioração da governança e da imagem da companhia.
  • A Fitch Ratings compara o caso ao da Americanas; recentemente, o Bradesco também havia perdido uma ação semelhante contra Borlenghi, em evento relacionado a controles de venda de ações.

O Bradesco, um dos principais credores da Ambipar, protocolou uma ação na Justiça de São Paulo buscando impedir a venda de bens do diretor de integração e finanças, Thiago da Costa Silva, e responsabilizar outros executivos, incluindo o fundador e presidente-executivo, Tércio Borlenghi Junior. A medida surge em meio à recuperação judicial da Ambipar no Brasil e ao pedido de proteção sob o Chapter 11 nos Estados Unidos.

A ação do Bradesco, que detém R$ 390 milhões da dívida da Ambipar, é semelhante à estratégia utilizada durante a crise da Americanas, onde o banco tentou responsabilizar administradores por perdas financeiras. O processo alega que os executivos podem ser responsabilizados por uma possível “fraude ostensiva” nas demonstrações financeiras da companhia, com indícios de um fluxo de caixa “desaparecido”.

Crise de Governança

A Ambipar, que enfrentou uma rápida deterioração de sua imagem, havia emitido um green bond de US$ 750 milhões em janeiro de 2024, mas a situação se agravou com investigações sobre irregularidades financeiras. As dívidas da empresa, que somam R$ 11 bilhões, levaram a companhia a buscar recuperação judicial após credores declararem inadimplência.

Recentemente, o Bradesco já havia perdido uma ação semelhante contra Borlenghi, que classificou a venda de suas ações como ilegal. O banco, no entanto, continua a investigar as práticas financeiras da Ambipar, que incluem manobras contábeis que teriam inflado artificialmente o caixa da empresa.

A situação da Ambipar serve como um alerta sobre os riscos no mercado de crédito corporativo brasileiro, com a Fitch Ratings comparando os eventos atuais aos da Americanas. O cenário se complica ainda mais com a queda dos títulos de outras empresas, como a Braskem, em meio a uma crise de confiança entre investidores.

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