- John Berger, falecido em 2017, continua referência no debate sobre arte, natureza e economia, com a nova edição de A Seventh Man, cinquenta anos após o lançamento, acompanhada de fotografias de Jean Mohr e que relembra a dependência de trabalhadores migrantes na Europa.
- A obra discute como as economias europeias se tornaram cada vez mais dependentes de mão de obra de países mais pobres.
- A colaboração entre Nederlands Dans Theater (NDT) e a Complicité, intitulada Figures in Extinction, será apresentada no Sadler’s Wells, em Londres, entre cinco e oito de novembro.
- O espetáculo traz trechos de Why Look at Animals? e Twelve Theses on the Economy of the Dead, analisando a ruptura entre humanos e natureza agravada pelo capitalismo corporativo do século XX.
- Simon McBurney, diretor artístico da Complicité, destacou que Berger entendia a esperança como tema político essencial, uma energia vital para quem enfrenta opressões.
John Berger, falecido em 2017, continua a ser uma referência no debate sobre arte, natureza e economia, especialmente com a nova edição de A Seventh Man, que relembra a dependência de trabalhadores migrantes na Europa. A obra, que completa cinquenta anos, é acompanhada de fotografias de Jean Mohr e discute como as economias europeias se tornaram cada vez mais dependentes de mão de obra de países mais pobres.
Além disso, a colaboração entre o Nederlands Dans Theater (NDT) e a companhia Complicité, intitulada Figures in Extinction, será apresentada no Sadler’s Wells, em Londres, entre os dias 5 e 8 de novembro. O espetáculo traz trechos de duas obras de Berger: *Why Look at Animals?* e *Twelve Theses on the Economy of the Dead*, que analisam a ruptura na relação entre humanos e natureza, agravada pelo capitalismo corporativo do século XX.
Reflexões sobre a Atualidade
A relevância do pensamento de Berger é notável, especialmente em um contexto onde a crise climática e a exploração de trabalhadores migrantes permanecem temas urgentes. Ao revisitar A Seventh Man, muitos sentem uma tristeza profunda, pois a obra reflete a complexidade das realidades enfrentadas por esses trabalhadores, sem simplificações.
Simon McBurney, diretor artístico da Complicité, destacou em entrevista que Berger entendia a esperança como um tema político essencial. Ele acreditava que a esperança poderia ser uma forma de energia, vital para aqueles que enfrentam opressões. Essa visão torna o legado de Berger ainda mais significativo, evidenciando sua capacidade de inspirar e provocar reflexões profundas sobre a condição humana e suas interações com o mundo.