- O número de “empresas zumbis” nos Estados Unidos atingiu quase 100 em outubro, o maior nível desde 2022, fruto de dívidas herdadas durante a pandemia e de custos de financiamento mais elevados.
- Especialistas projetam que a situação não deve melhorar até 2025 ou 2026, mesmo com possível queda de juros; o Federal Reserve sinaliza incerteza sobre novos cortes, aumentando a pressão sobre balanços.
- Muitas dessas companhias estão nos setores de saúde e biotecnologia e precisam fortalecer as finanças, seja aumentando lucros ou buscando novos financiamentos, o que pode ser desafiador.
- Entre os zumbis estão Lionsgate Studios, responsável por franquias como John Wick e Jogos Vorazes; Tronox Holdings levantou fundos para refinanciar dívidas, mas títulos caíram bastante.
- A S&P Global Ratings já reduziu previsões de lucro para empresas de grau especulativo; setores como construção, petróleo e gás e produtos químicos são os mais impactados, e sem alívio dos credores pode haver aumento de inadimplências, segundo especialistas. Carolyn Alford ressalta angústia no mercado sobre o futuro financeiro dessas empresas.
O número de “empresas zumbis” nos Estados Unidos, aquelas cuja receita operacional não cobre as despesas com juros, alcançou quase 100 em outubro, o maior nível desde 2022. Esse fenômeno é resultado de dívidas acumuladas durante a pandemia, quando as taxas de juros eram historicamente baixas, e agora enfrentam custos de financiamento elevados.
Os especialistas projetam que a situação não deve melhorar até 2025 ou 2026, mesmo com possíveis cortes nas taxas de juros. O Federal Reserve sinaliza que a continuidade desses cortes é incerta, o que agrava a pressão sobre as empresas endividadas. Essas companhias, muitas delas no setor de saúde e biotecnologia, precisam tomar medidas para fortalecer seus balanços financeiros, como aumentar lucros ou buscar novos financiamentos, o que pode ser desafiador.
Desafios Financeiros
Empresas como a Lionsgate Studios, conhecida por franquias como *John Wick* e *Jogos Vorazes*, estão entre os “zumbis” identificados. A situação é crítica, pois muitas já enfrentam dificuldades há algum tempo. A Tronox Holdings, uma empresa química, também levantou fundos recentemente para refinanciar suas dívidas, mas seus títulos caíram significativamente de valor.
A pressão sobre esses negócios é acentuada por um índice de cobertura de juros em queda, que mede a capacidade de uma empresa de gerar lucro suficiente para cobrir suas obrigações financeiras. Quando esse índice fica abaixo de um, sinaliza um risco elevado para os credores, podendo resultar em termos de empréstimos mais severos ou exigência de pagamento imediato.
Cenário Futuro
A S&P Global Ratings já reduziu suas previsões de lucros para empresas de grau especulativo, refletindo uma expectativa de dificuldades financeiras. Setores como construção, petróleo e gás, e produtos químicos estão entre os mais afetados. Especialistas alertam que, sem um alívio significativo dos credores, a situação pode se agravar, levando a um aumento das inadimplências.
A advogada Carolyn Alford destaca que há uma angústia crescente no mercado, muitas vezes não reconhecida pelos participantes. O futuro financeiro dessas empresas continua incerto, e o caminho para a recuperação será complexo.