Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Museus privados da China navegam pela era pós-boom

China encerra fase de expansão de museus privados; em 2024 o total registrado chega a 7.046, com tensões financeiras e consolidação

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
The director of UCCA, which has several locations in China including Beijing (above), sees a “maturation” after a period of fast growth Photo: Sun Shi
0:00 0:00
  • O número de museus privados registrados na China atingiu 7.046 em 2024, sinalizando consolidação após o boom dos anos 2010.
  • Times Museum, em Guangzhou, encerrou atividades em agosto de 2022 diante de queda de financiamento e crise financeira.
  • Instituições como o UCCA enfrentam rumores de dificuldades financeiras, incluindo atrasos salariais, e especialistas apontam uma fase de consolidação com foco mais específico na produção cultural.
  • A competição com museus públicos de entrada gratuita reduz visitas a museus privados, enquanto a demanda por arte contemporânea cresce; o desemprego entre jovens atingiu 18,9% em agosto, dificultando manter audiências.
  • Fundações privadas emergem como alternativa de financiamento; o He Art Museum, fundado em 2021, adota modelo de independência financeira em até uma década, com expectativa de crescimento de 4% a 5% nos próximos anos.

Nos últimos anos, o cenário dos museus privados na China passou por uma transformação significativa. Após um período de crescimento acelerado na década de 2010, impulsionado por colecionadores e corporações, a realidade atual revela desafios financeiros e uma necessidade de adaptação. Em 2024, o número de museus registrados no país atingiu 7.046, marcando uma fase de consolidação.

A pandemia de Covid-19 e a desaceleração econômica contribuíram para o fechamento de instituições icônicas, como o Times Museum, em Guangzhou, que encerrou atividades em agosto de 2022. Muitos museus, que antes operavam com orçamentos elevados, agora enfrentam a crise financeira, levando a uma reavaliação de suas estratégias. “A fase pós-boom é uma oportunidade para refletir sobre como operar de forma sustentável”, afirma Li Anqi, curadora e historiadora.

Desafios Financeiros

Instituições como o UCCA, que opera em várias cidades, enfrentam rumores sobre dificuldades financeiras, incluindo atrasos nos salários. O diretor Philip Tinari observa que o momento atual é de “consolidação”, onde o crescimento ilimitado não é mais viável. “A produção cultural está se tornando mais focada e específica”, explica.

Além disso, a crescente competição com museus públicos, que oferecem entrada gratuita, tem impactado o número de visitantes em museus privados. A demanda por arte contemporânea está em expansão, mas a crise econômica e o desemprego entre os jovens, que alcançou 18,9% em agosto, dificultam a manutenção de audiências.

Novas Abordagens

Fundações privadas estão surgindo como uma alternativa de financiamento, permitindo que algumas instituições mantenham suas operações. O He Art Museum, fundado em 2021, exemplifica essa mudança, com um modelo de financiamento que busca independência financeira ao longo de uma década. Apesar das dificuldades, a expectativa de crescimento de 4% a 5% nos próximos anos indica uma possível recuperação.

A situação atual dos museus privados na China reflete um momento de reflexão e adaptação, onde a sustentabilidade e a conexão com o público se tornam essenciais para a sobrevivência a longo prazo.

Relacionados:

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais