- Nos últimos meses, a OpenAI, liderada pelo CEO Sam Altman, firmou acordos bilionários com Oracle, Nvidia e Microsoft para datacenters, totalizando US$ 1,4 trilhão. A projeção de receita anual para 2025 é de US$ 20 bilhões.
- Recentemente, surgiram sinais de renegociação desses contratos. A chefe financeira Sarah Friar disse que o governo poderia atuar como suporte em dificuldades financeiras, o que gerou controvérsia. O analista Gil Luria destacou que fornecedores têm interesse em renegociar para evitar a falência da OpenAI.
- Para cumprir obrigações, a OpenAI precisaria alcançar US$ 577 bilhões de receita até 2029, um aumento de 2.900% em relação às projeções atuais. Especialistas afirmam que parte da computação contratada pode ser usada para viabilizar renegociação com fornecedores como CoreWeave, que possui cláusulas de justa causa.
- A estrutura dos acordos envolve custos de construção de datacenters e valorização de ações. A compra de chips da AMD, avaliada em US$ 90 bilhões, depende do desempenho da OpenAI e da valorização da fabricante; restrições de fornecimento podem atrasar entregas e permitir evitar pagamentos.
- O principal risco é a disponibilidade de poder computacional para treinar modelos de IA. A empresa avalia vender computação para outras firmas e mantém uma linha de crédito de US$ 4 bilhões; o futuro dependerá de equilibrar crescimento e sustentabilidade financeira.
Nos últimos meses, a OpenAI, liderada pelo CEO Sam Altman, firmou acordos bilionários com gigantes da tecnologia, como Oracle, Nvidia e Microsoft, totalizando investimentos de US$ 1,4 trilhão em datacenters. Esse valor impressionante levanta preocupações sobre a capacidade da empresa de honrar seus compromissos, especialmente considerando uma projeção de receita anual de apenas US$ 20 bilhões para 2025.
Recentemente, surgiram indícios de que a OpenAI pode renegociar esses contratos. A CFO da empresa, Sarah Friar, mencionou que o governo poderia atuar como suporte em caso de dificuldades financeiras, uma afirmação que gerou controvérsia. O analista Gil Luria, da D.A. Davidson & Co., destacou que as empresas fornecedoras têm interesse em renegociar para evitar a falência da OpenAI, uma vez que isso garantiria algum volume de negócios.
Desafios Financeiros
Para cumprir suas obrigações, a OpenAI precisaria alcançar uma receita de US$ 577 bilhões até 2029, um aumento de 2.900% em relação às projeções atuais. Especialistas indicam que a OpenAI poderá usar apenas parte da computação contratada, o que permitiria uma renegociação com fornecedores, como CoreWeave, que possui cláusulas de justa causa em seus contratos.
A estrutura dos acordos da OpenAI é complexa e envolve variáveis como o custo de construção de datacenters e a valorização de ações. Por exemplo, a compra de chips da AMD, avaliada em US$ 90 bilhões, depende do desempenho da OpenAI e da valorização da fabricante. Além disso, há a possibilidade de que restrições de fornecimento e disponibilidade de chips afetem a entrega, permitindo à OpenAI evitar alguns pagamentos.
Riscos e Oportunidades
O maior risco enfrentado por Altman não é a incapacidade de pagamento, mas sim a falta de poder computacional acessível para o treinamento de modelos de IA. A empresa também busca explorar a venda de computação para outras empresas, semelhante ao modelo da CoreWeave. Altman acredita que a escalabilidade é crucial e que mais recursos resultam em melhores desempenhos dos modelos de IA.
Embora a OpenAI tenha apenas uma linha de crédito de US$ 4 bilhões, o cenário permanece incerto. Os contratos existentes e a crescente pressão para aumentar a receita podem levar a novas rodadas de investimento. O futuro da OpenAI dependerá de sua capacidade de equilibrar crescimento e sustentabilidade financeira, enquanto continua a atrair o interesse de grandes empresas do setor.