- A produção de castanha na região de Penela da Beira caiu mais de 75% neste ano, com expectativa de 50 toneladas ante 200 usadas como referência em anos anteriores.
- A Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, que abrange dez concelhos dos distritos de Viseu e Guarda e integra a Denominação de Origem Protegida Soutos da Lapa, aponta incêndios florestais e seca severa como principais causas.
- Em anos normais, a região pode chegar a 300 toneladas, das quais 90% são destinadas à exportação; a crise atual gera prejuízos milionários e menos empregos.
- O número de trabalhadores caiu de sete a oito pessoas em dias normais para apenas duas neste momento, segundo Aires Macieira.
- A cooperativa mantém o compromisso de pagar todos os produtores, busca alternativas para mitigar impactos e apoiar associados diante da crise.
A produção de castanha na região de Penela da Beira enfrentou uma queda alarmante, com uma redução superior a 75% em relação aos anos anteriores. A expectativa para este ano é de apenas 50 toneladas, uma drástica diminuição frente às 200 toneladas normalmente produzidas, conforme informou o presidente da Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, Aires Macieira. Os principais fatores para essa quebra foram os incêndios florestais e a severa seca que afetaram a região durante o verão.
A cooperativa, que abrange produtores de dez concelhos nos distritos de Viseu e da Guarda, está integrada na Denominação de Origem Protegida Soutos da Lapa. Em anos normais, a produção pode atingir até 300 toneladas, das quais 90% são destinadas à exportação. A atual crise não apenas compromete a produção, mas também gera prejuízos milionários, impactando a economia local e resultando em menos empregos e dificuldades financeiras para os produtores.
Impacto Econômico
A situação crítica levou a uma significativa redução no número de trabalhadores na cooperativa. Em dias normais, cerca de sete a oito pessoas estariam ativas, mas atualmente apenas duas estão presentes, refletindo a escassez de atividades. Aires Macieira enfatizou que, apesar das dificuldades, a prioridade da cooperativa é garantir que todos os produtores recebam seus pagamentos, afirmando que “nenhum ficará sem o seu pagamento”.
Essa queda na produção de castanha é um reflexo das adversidades climáticas e ambientais enfrentadas pela região, evidenciando a vulnerabilidade do setor agrícola diante de fenômenos naturais. A cooperativa busca alternativas para mitigar os danos e continuar a apoiar seus associados, enquanto a comunidade local lida com os efeitos diretos da crise.