- A Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu ao governo brasileiro que intensifique as negociações com os Estados Unidos para eliminar a sobretaxa de quarenta por cento, que ainda prejudica a competitividade de itens como café, carne bovina e frutas. A cobrança foi instituída em agosto.
- Em dois mil e vinte e quatro, as exportações brasileiras para os EUA de uma lista de oitenta produtos somaram US$ 4,6 bilhões, o equivalente a aproximadamente onze por cento do total exportado.
- A Casa Branca informou a retirada das tarifas de dez por cento em vigor desde abril, com efeito retroativo a treze de novembro, beneficiando diretamente produtos brasileiros; a sobretaxa de quarenta por cento permanece.
- O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou a importância de um acordo o quanto antes para que o produto brasileiro volte a competir em condições melhores.
- No âmbito diplomático, Lula se encontrou com Donald Trump durante a Assembleia Geral da ONU em setembro; Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, reuniu‑se com o secretário de Estado, Marco Rubio, em Washington, apresentando uma proposta brasileira e aguardando resposta.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) solicitou ao governo brasileiro que intensifique as negociações com os Estados Unidos para eliminar a sobretaxa de 40% que ainda afeta a competitividade de produtos brasileiros. Esta cobrança, instituída em agosto, prejudica a entrada de itens como café, carne bovina e frutas no mercado americano. Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA de uma lista de 80 produtos totalizaram US$ 4,6 bilhões, representando cerca de 11% do total exportado.
Recentemente, a Casa Branca anunciou a retirada de tarifas de 10% que estavam em vigor desde abril, com efeito retroativo a 13 de novembro. Essa medida beneficia diretamente produtos brasileiros, mas a sobretaxa de 40% permanece, o que mantém o Brasil em desvantagem. O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou que “é muito importante negociar o quanto antes um acordo para que o produto brasileiro volte a competir em condições melhores”.
Movimentos Diplomáticos
Os esforços diplomáticos entre Brasil e EUA se intensificaram após encontros importantes. Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o ex-presidente Donald Trump durante a Assembleia Geral da ONU. Mais recentemente, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se encontrou com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington. Durante essa reunião, o Brasil apresentou uma proposta ao governo dos EUA e aguarda uma resposta.
A CNI enfatiza a urgência dessas negociações, pois concorrentes que não enfrentam a sobretaxa de 40% terão vantagens significativas no acesso ao mercado americano. A pressão por resultados nas negociações é crescente, uma vez que o Brasil busca recuperar espaço competitivo em um dos principais destinos de suas exportações.