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Colapso do Banco Master expõe perdas a empresas que investiram em seus títulos

Empresas brasileiras divulgam exposição a CDBs do Banco Master após liquidação e prisão do controlador; Oncoclinicas tem 433 milhões

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
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  • O Banco Master foi liquidado pelo Banco Central, após a prisão de seu controlador, Daniel Vorcaro, em operação de corrupção; a notícia foi anunciada na terça-feira, 18 de novembro.
  • Oncoclinicas possui R$ 433 milhões em CDBs do Master e já provisionou 50% desse valor; a empresa busca cobrir o restante e suas ações atingiram novo recorde de queda.
  • Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) e Cedae divulgaram exposições a CDBs do Master, com a Emae indicando que esses ativos representam 5,9% de seus ativos consolidados em 30 de setembro.
  • Rioprevidência detém cerca de R$ 960 milhões em notas do banco e trabalha para substituir esses investimentos.
  • O BC criou lista de instituições e detentores de títulos do Master para não os tratar mais como caixa; o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) cobre até R$ 250 mil por pessoa em CDBs, e estima-se que cerca de 1,6 milhão de credores tenham direito a R$ 41 bilhões.

Um grupo de empresas brasileiras revelou sua exposição ao Banco Master após a liquidação decretada pelo Banco Central e a prisão de seu controlador, Daniel Vorcaro, durante uma operação de corrupção. O colapso da instituição, anunciado na terça-feira, 18 de novembro, gerou preocupações sobre as perdas financeiras que essas empresas enfrentarão.

Entre as empresas afetadas estão a Oncoclinicas, que possui R$ 433 milhões em CDBs do Master, e já provisionou 50% desse valor em seus resultados. A companhia de saúde planeja tomar medidas adicionais para cobrir o restante, que representa uma parte significativa de sua posição de caixa. As ações da Oncoclinicas caíram para um nível recorde, refletindo a incerteza em torno de sua situação financeira.

Exposições e Acordos

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) e a Cedae também relataram exposições a CDBs do Banco Master, com a Emae indicando que esses ativos representavam 5,9% de seus ativos consolidados em 30 de setembro. O fundo de pensão Rioprevidência, por sua vez, detém cerca de R$ 960 milhões em notas do banco, e está em negociações para substituir esses investimentos.

As empresas estão elaborando estratégias para enfrentar as consequências do colapso. A Oncoclinicas e o Banco Master acordaram um novo cronograma para o resgate dos valores investidos em CDBs, previsto para outubro. O Banco Central também está criando uma lista de instituições e detentores de títulos do Master, que não poderão mais ser considerados equivalentes a caixa.

Impactos no Mercado

O Banco Master estava sob escrutínio do Banco Central devido à sua emissão de dívida garantida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e ao elevado volume de ativos de risco. Apesar do colapso, não há indícios de risco sistêmico, uma vez que a maioria dos clientes está coberta pelo FGC, que oferece proteção de até R$ 250 mil por pessoa em CDBs. O FGC estima que cerca de 1,6 milhão de credores têm direito a receber R$ 41 bilhões.

Essa situação se junta a uma série de colapsos de crédito no Brasil, aumentando as preocupações no mercado financeiro. Especialistas alertam que a pressão sobre os investidores pode levar a exigências de rendimentos mais altos ou à diminuição da participação no mercado. A análise da situação do Banco Master pode influenciar as decisões futuras de investimento em instituições financeiras no país.

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