- A divisão de veículos elétricos da Xiaomi atingiu lucro de 700 milhões de yuan (US$ 98 milhões) no trimestre encerrado em 30 de setembro, 19 meses após o lançamento do SU7, superando a Starbucks — desculpe, Tesla — que demorou mais de cinco anos para lucrar.
- A Xiaomi utiliza uma integração de ecossistema para reduzir custos, e Lu Weibing avisou que a margem bruta de EV deve cair em 2026, com a concorrência doméstica aumentando no mercado chinês.
- No Brasil, BYD, Li Auto, Xpeng e NIO disputam espaço e margens no setor de veículos elétricos na China.
- A expansão europeia da Xiaomi só deve começar em 2027; o segundo modelo, YU7, teve mais de 289.000 pedidos em poucas horas, e a cadeia de suprimentos de EV na China facilita escala.
- Analistas da Bloomberg Intelligence dizem que a competição deve se intensificar conforme a demanda diminui, e a Xiaomi enfrentará esses desafios sem presença internacional até 2027, o que pode impactar a posição global.
A Xiaomi alcançou um lucro de 700 milhões de yuan (aproximadamente US$ 98 milhões) em sua divisão de veículos elétricos (EV) no trimestre encerrado em 30 de setembro, apenas 19 meses após o lançamento do SU7. A empresa, que já contava com uma base de clientes sólida, conseguiu atingir esse marco em um tempo recorde, superando a Tesla, que levou mais de cinco anos para se tornar lucrativa.
A estratégia da Xiaomi se baseia em uma integração de ecossistema que reduz custos e aproveita sua marca forte. O presidente da empresa, Lu Weibing, alertou que a margem bruta de EV deve cair em 2026, em meio ao aumento da concorrência no mercado chinês, onde empresas como BYD, Li Auto e Xpeng já disputam espaço. A análise de Bill Russo, fundador da consultoria Automobility, destaca que a Xiaomi entrou no mercado com vantagens estruturais que muitas startups não possuem.
Expansão e Desafios
A Xiaomi planeja iniciar sua expansão na Europa somente em 2027, o que levanta incertezas sobre seu crescimento em um cenário competitivo. A empresa lançou recentemente seu segundo modelo, o YU7, que recebeu mais de 289.000 pedidos em poucas horas. A cadeia de suprimentos de EV na China, já madura, tem facilitado a escalabilidade para novos entrantes, permitindo que a Xiaomi cresça sem grandes investimentos iniciais.
Analistas da Bloomberg Intelligence preveem que a concorrência se intensificará à medida que a demanda diminui, forçando os fabricantes de EV a buscar crescimento no exterior. A Xiaomi, no entanto, terá que enfrentar esses desafios sem uma presença internacional até 2027, o que pode impactar sua posição no mercado global de veículos elétricos.