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Wall Street mira talentos que vão além da tecnologia na era da IA

Bancos reduzem uso de IA na candidatura com detectores e acordo de honestidade; superdays presenciais retornam e valorizam raciocínio técnico

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Na era da IA, Wall St aperta o cerco por talentos que saibam pensar além da tecnologia | Painel da Nasdaq na Times Square, em Nova York: bancos tente identificar candidatos que se mostrem os mais promissores mesmo sem recorrer à IA (Foto: Michael Nagle/Bloomberg)
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  • Bancos adotam medidas para impedir o uso de IA por candidatos, com detecção de IA, acordos de honestidade e orientações para evitar assistências digitais.
  • O processo de seleção continua com triagem online, entrevistas técnicas e um “super day”; os dias presenciais voltam para avaliar cultura e encaixe.
  • Empresas reduzem o tempo de entrega de estudos de caso e cobram explicação do raciocínio para confirmar compreensão técnica, sem depender exclusivamente de IA.
  • Plataformas como HireVue e TestGorilla implementam salvaguardas contra IA; Goldman Sachs pediu aos candidatos que evitem ajuda digital durante as entrevistas.
  • Mesmo com IA, bancos valorizam candidatos que usem a tecnologia como ferramenta e demonstrem pensamento crítico; após contratação, espera-se domínio de IA no dia a dia.

A indústria financeira está redesenhando os processos de recrutamento para impedir o uso de IA durante candidaturas. Bancos de grande porte, que antes utilizavam entrevistas virtuais e testes online para reduzir o contingente, passaram a introduzir mecanismos de detecção de IA, acordos de honestidade e orientações para evitar assistências digitais na fase inicial de seleção. Paralelamente, o formato presencial de avaliação ganha espaço, com foco em habilidades qualitativas e raciocínio técnico.

Em paralelo, plataformas de triagem, como HireVue e TestGorilla, adotam salvaguardas que monitoram hábitos de resposta e comportamento para identificar uso indevido de IA. Instituições como Goldman Sachs já enviaram mensagens aos candidatos solicitando que não recorram a assistentes digitais durante entrevistas, reforçando a necessidade de expressão própria. A prática visa avaliar como o candidato pensa e analisa questões sem depender de ferramentas externas.

A lógica é manter a qualidade das contratações, priorizando pensamento crítico e compreensão técnica acima de respostas padronizadas geradas por modelos. Enquanto isso, as etapas de entrevista técnica passam por ajustes: prazos mais curtos para estudos de caso são comuns, seguidos de conversas que explorem o raciocínio por trás das respostas. O objetivo é distinguir entendimento profundo de respostas ensaiadas.

Medidas contra IA na candidatura

Os bancos passaram a combinar a triagem com avaliações simulando cenários reais, exigindo demonstração de raciocínio sem auxílio de IA. Observa-se também maior ênfase em perguntas específicas sobre modelos financeiros, negócios e tendências setoriais, para verificar compreensão prática em vez de respostas prontas.

Retorno das entrevistas presenciais

As superdays voltam a ocorrer de forma presencial, com a ideia de avaliar ajuste cultural e capacidade de relacionamento com clientes. Mesmo com o retorno ao formato tradicional, espera-se que os novos contratos incluam domínio de ferramentas de IA. O objetivo é contratar pessoas que agreguem valor além da tecnologia que utilizam, combinando conhecimento com uso responsável de recursos digitais.

Fontes: Bloomberg.

— Reportagem colaborativa com Christine Dobby.

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