- O governo britânico lançou uma estratégia de minerais críticos com fundo de £50 milhões, para reduzir a dependência de fornecedores externos, especialmente da China, segundo o primeiro-ministro Keir Starmer.
- A meta é até 2035: nenhum país forneça mais de 60% de um único mineral crítico e haja produção doméstica de 50 mil toneladas de lítio no Reino Unido; atualmente o país produz 6% de suas necessidades.
- O foco de investimentos é na extração e processamento de lítio e tungstênio, com ênfase em Cornwall, responsável pelas maiores reservas de lítio da Europa.
- A estratégia ocorre em contexto de tensões entre a China e a União Europeia (UE) sobre fornecimento de chips para a indústria automotiva e da competição da UE com os Estados Unidos em materiais críticos.
- O governo britânico firmou acordo de cooperação mineral com a Arábia Saudita para diversificar fontes de suprimento e estimular investimentos no setor, refletindo a demanda global por matérias-primas para veículos elétricos, datacenters e dispositivos eletrônicos.
A Grã-Bretanha lançou uma nova estratégia de minerais críticos com um fundo de £50 milhões, visando reduzir a dependência do país em relação a fornecedores externos, especialmente a China. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Keir Starmer, que ressaltou a necessidade de construir resiliência na economia britânica diante de tensões globais, como a recente disputa entre a China e a União Europeia sobre o fornecimento de chips para a indústria automotiva.
A estratégia inclui a meta de que, até 2035, nenhum país forneça mais de 60% de um único mineral crítico e a produção de 50 mil toneladas de lítio no Reino Unido. Atualmente, o país produz apenas 6% de suas necessidades minerais criticamente. Starmer destacou que os minerais são essenciais para a vida moderna e para a segurança nacional, enfatizando a importância de aumentar a produção interna e o reaproveitamento.
Investimentos em Mineração
O fundo será direcionado principalmente para a extração e processamento de lítio e tungstênio, com foco em Cornwall, que abriga as maiores reservas de lítio da Europa. A estratégia surge em um contexto em que a Europa enfrenta dificuldades para competir com os Estados Unidos na aquisição de materiais críticos, conforme admitido pelo comissário de Indústria da UE, Stéphane Séjourné.
O governo britânico também firmou um acordo de cooperação mineral com a Arábia Saudita, buscando diversificar as fontes de suprimento e estimular investimentos no setor. As matérias-primas são cruciais não apenas para veículos elétricos, mas também para a construção de datacenters e dispositivos eletrônicos, refletindo a crescente demanda global.
Com a nova política, o Reino Unido visa não apenas garantir a segurança de suas cadeias de suprimento, mas também impulsionar a economia local e reduzir custos de vida, contribuindo para um futuro mais sustentável e independente.