- O Brasil pode criar até 760 mil empregos até 2030, crescer 63% em relação à força de trabalho atual, conforme estudo da Schneider Electric em parceria com a Systemiq; hoje a participação brasileira corresponde a 26% da força de trabalho global, com 1,16 milhão de pessoas.
- A pesquisa ressalta a importância do país na transição energética e a necessidade de qualificação: 450 mil novos trabalhadores qualificados, sendo 75 mil em áreas de tecnologia digital e eficiência energética, com terras degradadas disponíveis para expansão produtiva.
- Desafios na qualificação: lacunas em automação, eletrificação, manutenção industrial e transporte, ligados à digitalização das usinas; a oferta de cursos não acompanha a demanda do mercado.
- Impacto econômico: a biomassa pode gerar até 530 mil vagas diretas; a cadeia de bioenergia pode agregar entre US$ 21 bilhões e US$ 40 bilhões ao PIB; empregos diretos (170 mil) e indiretos (480 mil), além de 34 mil postos na logística e US$ 700 milhões ao setor.
- Em resumo, o Brasil está posicionado de forma estratégica na matriz energética, mas é fundamental implementar políticas adequadas para aproveitar plenamente o potencial.
O Brasil possui um potencial significativo para expandir sua presença na bioenergia, com a possibilidade de criar até 760 mil novos empregos até 2030. Essa previsão, que representa um crescimento de 63% sobre a força de trabalho atual, foi apresentada em um estudo da Schneider Electric em parceria com a Systemiq. O país já concentra cerca de 26% da força de trabalho global do setor, com aproximadamente 1,16 milhão de pessoas empregadas em diversas atividades relacionadas.
A pesquisa destaca a importância do Brasil na transição energética global, especialmente pela sua capacidade de produzir biocombustíveis renováveis em larga escala. O estudo também ressalta que, apesar de ter terras degradadas disponíveis para a expansão produtiva, o país enfrenta desafios na qualificação da mão de obra. A demanda por 450 mil novos trabalhadores qualificados é urgente, sendo 75 mil desses profissionais necessários em áreas de tecnologia digital e eficiência energética.
Desafios na Qualificação
As lacunas na formação profissional são um entrave significativo para o crescimento do setor. Os autores do estudo indicam que as principais deficiências estão nas áreas de automação, eletrificação, manutenção industrial e transporte. Essas áreas estão diretamente ligadas à crescente digitalização das usinas e à introdução de equipamentos mais avançados. A falta de mão de obra qualificada já impacta negativamente a expansão da bioenergia, refletindo um descompasso entre a oferta de cursos e a demanda do mercado.
Impacto Econômico
O setor de biomassa deve liderar a geração de novos empregos, com até 530 mil vagas diretas previstas. O impacto econômico é significativo, com estimativas de que a cadeia de valor da bioenergia possa adicionar entre US$ 21 bilhões e US$ 40 bilhões ao PIB. A indústria de bioenergia pode criar 170 mil empregos diretos e 480 mil indiretos, enquanto a logística deve gerar 34 mil postos de trabalho, contribuindo com cerca de US$ 700 milhões ao setor.
O Brasil, portanto, se posiciona de maneira estratégica na matriz energética global, mas a superação dos desafios de qualificação e a implementação de políticas adequadas são essenciais para aproveitar plenamente esse potencial.