- Pais enfrentam dificuldades ao conversar com filhos adolescentes sobre sexo e drogas.
- Especialistas recomendam que essas conversas sejam vistas como oportunidades de conexão.
- É importante adaptar a comunicação ao desenvolvimento do adolescente e evitar glorificar comportamentos de risco.
- Compartilhar experiências pessoais pode ajudar os filhos a desenvolver resiliência.
- Construir uma relação de confiança desde a infância facilita diálogos abertos sobre temas delicados.
Os pais enfrentam desafios ao abordar temas delicados como sexo e drogas com seus filhos adolescentes. Especialistas destacam que essas conversas devem ser vistas como oportunidades de conexão, enfatizando a importância de adaptar a comunicação ao desenvolvimento do jovem.
Lígia Moreiras, doutora em saúde coletiva, ressalta que quando os adolescentes fazem perguntas, eles buscam informações de qualidade. “Se eles perguntam para nós, podemos garantir a qualidade dessa informação”, afirma. Mostrar vulnerabilidade ao compartilhar experiências pessoais pode ajudar os filhos a desenvolver resiliência, pois eles percebem que os pais também enfrentaram angústias e dúvidas na juventude.
Além de relatar experiências, é crucial que os pais busquem informações atualizadas sobre sexualidade e uso de substâncias. Gustavo Estanislau, psiquiatra, alerta que a sinceridade deve ser equilibrada para não banalizar experiências. “Conversas apressadas podem levar a mal-entendidos”, adverte. Ele observa que glorificar comportamentos de risco pode criar pressão sobre os adolescentes.
A Importância do Diálogo
A adolescência é um período de ressignificação das relações familiares. Renally Xavier, psicanalista, destaca que os pais devem compartilhar suas vivências cotidianas, criando um ambiente de diálogo mais natural. “Conversas que parecem interrogatórios podem afastar os adolescentes”, explica.
Para facilitar essas interações, é fundamental que os pais construam uma relação de confiança desde a infância. Moreiras enfatiza que os filhos devem sentir que podem abordar qualquer assunto com os pais, o que traz segurança e tranquilidade. Assim, as conversas sobre temas delicados podem fluir de maneira mais aberta e construtiva.
