- Desde 2015, a França não exige aulas em autoescolas para a obtenção da carteira de habilitação, permitindo a contratação de monitores independentes online.
- A mudança, parte da Lei Macron, reduziu o custo médio de 800 euros (cerca de R$ 5.100) para aprender a dirigir.
- Os monitores devem ter registro oficial e veículos com duplo comando, e é possível aprender com amigos ou parentes habilitados há mais de cinco anos.
- O governo Lula no Brasil estuda proposta semelhante, permitindo que candidatos à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) assistam aulas presenciais, online ou digitais.
- A proposta ainda precisa de discussão entre as áreas envolvidas, visando reduzir custos e flexibilizar as normas de habilitação no Brasil.
Desde 2015, a França não exige mais que candidatos à carteira de habilitação passem por autoescolas. A mudança, parte da Lei Macron, permite que monitores independentes sejam contratados online, reduzindo o custo médio de 800 euros (cerca de R$ 5.100) para aprender a dirigir. Antes, eram necessárias pelo menos 20 horas de aulas práticas em autoescolas.
Os monitores devem ter registro oficial e veículos com duplo comando. É possível até aprender com amigos ou parentes habilitados há mais de cinco anos. Apesar de protestos das autoescolas, a medida ampliou o acesso à formação de motoristas. Na União Europeia, as normas variam: enquanto Portugal e Espanha mantêm a obrigatoriedade de aulas, a Alemanha enfrenta críticas pelo alto custo das autoescolas, que pode ultrapassar 2.000 euros (cerca de R$ 12,8 mil).
Proposta Brasileira
O governo Lula, por sua vez, estuda uma proposta semelhante para o Brasil. O ministro dos Transportes, Renan Filho, revelou que a ideia é acabar com a obrigatoriedade de aulas práticas e teóricas para a CNH. Com isso, candidatos poderiam optar por aulas presenciais, online ou em plataformas digitais.
As aulas práticas também poderiam ser realizadas por instrutores autônomos, contratados via plataformas digitais. A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) destacou que a proposta ainda precisa de ampla discussão entre as áreas envolvidas, enfatizando a responsabilidade que dirigir exige. Essa mudança visa reduzir os custos para obter a CNH no Brasil, refletindo uma tendência de flexibilização nas normas de habilitação.