- O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) identificou alunos com fortunas milionárias entre os beneficiários do programa Universidade Gratuita.
- O governo estadual anunciou uma investigação após o relatório do TCE-SC, que apontou erros de digitação nos formulários digitais como causa das inconsistências.
- Uma estudante de Direito da Unoesc declarou um patrimônio superior a R$ 800 milhões. No total, dezoito alunos apresentaram declarações incompatíveis com o objetivo do programa.
- O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, expressou indignação e destacou que a mãe da estudante não compreendia o valor do patrimônio declarado.
- A Secretaria de Educação está preparando um relatório técnico para o TCE-SC, enquanto a Polícia Civil investigará os mais de 50 mil bolsistas do programa.
Após um relatório do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) revelar que alunos com fortunas milionárias estão entre os beneficiários do programa Universidade Gratuita, o governo estadual anunciou que irá investigar a situação. A Secretaria de Educação alegou que erros de digitação nos formulários digitais inflacionaram os patrimônios declarados.
O TCE-SC identificou que uma estudante de Direito da Unoesc, residente na área rural de Luzerna, possuía um patrimônio superior a R$ 800 milhões. Ao todo, 18 alunos apresentaram declarações de riqueza incompatíveis com a proposta do programa, que visa atender estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O governo estadual afirmou que as inconsistências surgiram durante a digitalização dos documentos, onde vírgulas foram posicionadas incorretamente, alterando os valores.
O governador Jorginho Mello expressou indignação ao ver a situação de famílias de agricultores acusadas de receber bolsas indevidamente. Ele destacou que a mãe da estudante não compreendia o valor atribuído ao patrimônio. A Secretaria de Educação está preparando um relatório técnico para esclarecer a situação ao TCE, enquanto a Polícia Civil realizará uma investigação sobre os mais de 50 mil bolsistas do programa.
O TCE-SC, por sua vez, ressaltou que não expôs a identidade de ninguém e que a verificação dos casos deve continuar para esclarecer as responsabilidades. O tribunal também indicou que processos adicionais sobre o tema estão em andamento sob sigilo, buscando responsabilizar tanto os beneficiários que possam ter burlado as regras quanto os agentes públicos que falharam na supervisão dos dados.