- Ana Maria Gonçalves, autora de Um Defeito de Cor, anunciou que está escrevendo novos livros, incluindo um sobre a menopausa.
- A escritora revelou que está trabalhando em quatro ou cinco obras simultaneamente e que a menopausa é um tema que considera transformador.
- Gonçalves mencionou a pressão para repetir o sucesso de seu primeiro livro, o que a levou a momentos de bloqueio criativo.
- Recentemente, ela foi eleita a primeira mulher negra para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira anteriormente ocupada por Evanildo Bechara.
- A autora pretende promover discussões sobre diversidade linguística e inclusão na literatura brasileira.
Ana Maria Gonçalves, autora de Um Defeito de Cor, anunciou na Flip que está trabalhando em novos livros, incluindo um sobre a menopausa. A escritora, que recentemente se tornou a primeira mulher negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, compartilhou suas reflexões sobre a pressão de escrever após o sucesso de sua obra anterior.
Durante sua participação na Casa Folha, Gonçalves revelou que está escrevendo quatro ou cinco livros simultaneamente e que, entre eles, um se dedicará à menopausa, uma fase que considera transformadora em sua vida. Ela expressou que, ao entrar nessa fase, sentiu-se perdida e sem informações, o que a motivou a explorar o tema em sua nova obra.
A autora destacou que a pressão para repetir o sucesso de seu primeiro livro a fez travar em algumas ocasiões. “Agora já estou tranquila reivindicando não o lugar de fala, mas o lugar de falha,” afirmou, enfatizando que a literatura não necessariamente melhora com o tempo. Gonçalves também mencionou que encontrou inspiração ao estudar a menopausa das orcas, que, ao deixarem de ter filhos, passam a gerenciar seus grupos sociais.
Eleição para a ABL
Gonçalves, que ocupa a cadeira anteriormente ocupada pelo gramático Evanildo Bechara, expressou seu desejo de promover discussões sobre a diversidade linguística no Brasil. Ela afirmou que a Academia precisa refletir melhor a sociedade brasileira e que sua candidatura foi motivada pelo potencial de mudança que vê na instituição.
A escritora ressaltou a importância de ser uma voz ativa em um espaço que historicamente não representou a pluralidade do país. “Quero que eu seja a primeira, mas não a única,” declarou, reafirmando seu compromisso com a inclusão e a diversidade na literatura.