- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para restabelecer o Teste de Aptidão Física Presidencial nas escolas públicas.
- A iniciativa busca melhorar a saúde das crianças e faz parte de um esforço do governo para aumentar a saúde da população.
- O teste foi introduzido em mil novecentos e sessenta e seis e substituído em dois mil e doze pelo Programa Presidencial de Aptidão Física para Jovens, que tinha uma abordagem menos rígida.
- A versão anterior do teste incluía corrida de 1,6 quilômetro, abdominais, corrida de 9 metros, teste de flexibilidade e uma opção entre flexões de braço ou barras fixas.
- Especialistas expressam preocupações sobre a rigidez do novo formato e sugerem que a educação física deve focar em habilidades e comportamentos que incentivem uma vida ativa.
Na quinta-feira, o presidente Donald Trump assinou um decreto que restabelece o Teste de Aptidão Física Presidencial nas escolas públicas dos Estados Unidos. A iniciativa visa melhorar a saúde das crianças e faz parte de um esforço do governo para “restaurar a urgência na melhoria da saúde de todos os americanos”, conforme comunicado da Casa Branca.
O teste, que foi introduzido em 1966 e passou por diversas versões, foi substituído em 2012 pelo Programa Presidencial de Aptidão Física para Jovens, que priorizava uma abordagem menos rígida. A versão anterior do teste incluía uma corrida de 1,6 km, abdominais modificados, uma corrida de 9 metros, o teste de flexibilidade de sentar e alcançar, além de uma opção entre flexões de braço e barras fixas. Crianças que se destacavam recebiam o Prêmio Presidencial de Aptidão Física.
Embora o governo Trump ainda não tenha divulgado os exercícios específicos que farão parte do novo teste, especialistas expressam preocupações sobre a rigidez do formato. Jacqueline Goodway, professora de cinesiologia na Universidade Estadual de Michigan, argumenta que a educação física deve ir além de medições de desempenho físico, enfatizando a importância de habilidades e comportamentos que promovam uma vida ativa.
Críticas e Sugestões
Laura Richardson, também da Universidade Estadual de Michigan, sugere que os professores precisam de mais recursos e tempo para incentivar a atividade física, especialmente em idades em que o tempo de tela aumenta. Ela acredita que o conjunto de exercícios do teste anterior era uma boa medida de condicionamento físico, mas propõe substituir o abdominal por uma prancha, que é considerada um teste mais eficaz para o core.
Kathy Hirsh-Pasek, pesquisadora da Brookings Institution, destaca a importância de um programa formal de condicionamento físico, mas ressalta que a estrutura deve evitar a competição entre os alunos. Para ela, o foco deve ser no progresso individual, evitando que crianças sejam rotuladas como “reprovadas” ou “aprovadas”. A necessidade de um aumento na atividade física entre as crianças é um consenso entre os especialistas, que apontam os riscos do sedentarismo e do tempo excessivo em frente a telas.