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Cuidadores alertam que crianças passam tempo excessivo em telas, aponta Datafolha

Pesquisa revela que 40% dos responsáveis veem uso excessivo de telas entre crianças, enquanto 84% ignoram a importância da primeira infância

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Crianças de 0 a 6 anos passam 2 a 3 horas por dia em frente a telas (Foto: Mirko Sajkov - 23.ago.23 /Pixabay)
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  • Uma pesquisa do Datafolha, encomendada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, revela que 40% dos responsáveis acreditam que crianças passam tempo excessivo em dispositivos eletrônicos.
  • O levantamento, realizado entre 8 e 10 de abril, ouviu 2.206 pessoas e mostrou que 78% das crianças de até 3 anos e 94% das entre 4 e 6 anos têm exposição diária a telas.
  • Em média, crianças de 0 a 6 anos passam de 2 a 3 horas por dia em frente a TVs, celulares e computadores.
  • Apesar da preocupação com o uso excessivo, 84% dos entrevistados não consideram a primeira infância fundamental para o desenvolvimento humano.
  • A pesquisa também indica que 56% dos responsáveis acreditam que o uso excessivo de telas pode prejudicar a saúde das crianças, enquanto 42% afirmam que limita a socialização.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, encomendada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, revela que 40% dos responsáveis acreditam que as crianças passam tempo excessivo em dispositivos eletrônicos. O levantamento, que ouviu 2.206 pessoas entre 8 e 10 de abril, mostra que 78% das crianças de até 3 anos e 94% das entre 4 e 6 anos têm exposição diária a telas.

Os dados indicam que, em média, crianças de 0 a 6 anos passam de 2 a 3 horas por dia em frente a TVs, celulares e computadores. Apesar da preocupação com o uso excessivo, 84% dos entrevistados não consideram a primeira infância fundamental para o desenvolvimento humano. Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, o tempo recomendado de tela é de até uma hora por dia para crianças de 2 a 5 anos, e nenhuma exposição para menores de 2 anos.

Impactos do Uso Excessivo

A pesquisa também aponta que 56% dos responsáveis acreditam que o uso excessivo de telas pode prejudicar a saúde das crianças, enquanto 42% afirmam que limita a socialização. A exposição prolongada a dispositivos eletrônicos está associada a menos interação familiar, sedentarismo e riscos à saúde mental.

Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, destaca a incoerência entre o reconhecimento dos malefícios e a prática comum. Ela afirma que, em contextos de vulnerabilidade econômica, as telas podem ser vistas como uma solução para as mães que precisam de apoio. Luz enfatiza a importância de uma abordagem coletiva, onde a responsabilidade pela criança é compartilhada entre família, estado e sociedade.

Desconhecimento sobre a Primeira Infância

Outro dado alarmante é que 42% dos brasileiros não sabem o que significa “primeira infância”, e apenas 2% identificam corretamente que essa fase vai de 0 a 6 anos. Para Luz, isso indica um atraso na compreensão da importância dessa etapa para o desenvolvimento. Ela ressalta que medidas focadas na primeira infância são essenciais para combater desigualdades estruturais.

Em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu a Política Nacional Integrada para Primeira Infância, que busca implementar diretrizes do Marco Legal da Primeira Infância. Desde 1923, o Brasil tem avançado em políticas voltadas para a infância, mas especialistas ainda apontam a necessidade de diretrizes práticas para sua aplicação.

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