- A partir de outubro de 2025, será cobrada a Visa Integrity Fee de US$ 250 para vistos não imigrantes, incluindo os de estudantes.
- A taxa foi instituída pela lei “One Big Beautiful Bill Act” (H.R. 1), assinada em 4 de julho de 2025.
- A taxa será obrigatória no momento da emissão do visto, mas não será cobrada se o visto for negado.
- Especialistas recomendam iniciar o processo de solicitação de visto com pelo menos seis meses de antecedência devido ao aumento dos prazos de emissão.
- Apesar das novas taxas, os Estados Unidos continuam a ser um dos destinos mais procurados por brasileiros para intercâmbio, ocupando a segunda posição no ranking da Belta em 2024.
Os Estados Unidos se consolidam como um dos principais destinos para intercâmbio entre brasileiros, especialmente com a crescente demanda por programas de estudo no exterior. Contudo, a partir de outubro de 2025, uma nova taxa chamada Visa Integrity Fee de US$ 250 será aplicada a todos os vistos não imigrantes, incluindo os de estudantes.
A taxa, instituída pela lei “One Big Beautiful Bill Act” (H.R. 1), foi assinada em 4 de julho de 2025 e será cobrada no momento da emissão do visto. Segundo Talitha Krenk, advogada especializada em imigração, o valor pode ser reajustado anualmente conforme a inflação. Diogo Aguilar, da Fluencypass, recomenda que o processo de solicitação de visto comece com pelo menos seis meses de antecedência para evitar contratempos, já que os prazos de emissão estão mais longos.
Impacto da Nova Taxa
A Visa Integrity Fee não será cobrada se o visto for negado, mas será obrigatória para todos os que solicitarem um visto não imigrante nos consulados dos EUA. Miguel Negeliskii Risch, advogado do Risch Law Firm, afirma que a taxa não é uma barreira, mas um instrumento de regulação das leis migratórias. Estudantes que mudarem de status dentro dos EUA não pagarão a taxa, mas precisarão quitá-la se viajarem internacionalmente e requererem novo carimbo.
Apesar das novas taxas, os Estados Unidos continuam a ser um dos destinos mais procurados por brasileiros. Em 2024, o país ocupou a segunda posição no ranking da Belta, perdendo apenas para o Canadá. Celso Garcia, da CI Intercâmbio, observa que, mesmo com os desafios econômicos, a demanda por intercâmbio nos EUA permanece alta.
Alternativas e Tendências
Para quem busca opções mais econômicas, países como África do Sul, Malta, Irlanda e Austrália oferecem programas de estudo com melhor custo-benefício e menos burocracia. Esses destinos mantêm o foco na qualidade do ensino e facilitam o processo de obtenção de permissões de viagem.
O levantamento da Belta também revela que a faixa etária dos intercambistas e as regiões com mais estudantes se mantêm estáveis. Mesmo com as mudanças, especialistas afirmam que o intercâmbio continua a ser uma experiência transformadora na trajetória profissional, destacando a importância de fazer escolhas conscientes em um cenário mais seletivo.