- O Brasil enfrenta polarização política que afeta a educação cívica dos jovens.
- Pesquisa da plataforma Educação para Gentileza e Generosidade (EGG) mostra que 75% dos jovens veem cidadania como obediência a regras, enquanto apenas 3,19% mencionam transformação social.
- O estudo, realizado entre junho e agosto de 2024, envolveu 188 crianças e adolescentes de escolas públicas e privadas.
- O vereador Carlos Bezerra Júnior (PSD) sugere que a educação política comece em casa e que simulações de assembleias em sala de aula ajudem no desenvolvimento do pensamento crítico.
- O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou aumento de 78% no número de eleitores de 16 e 17 anos em 2024, totalizando mais de 1,8 milhão de jovens.
O Brasil enfrenta um cenário de polarização política que impacta a educação cívica das novas gerações. Uma pesquisa da plataforma Educação para Gentileza e Generosidade (EGG) revela que a cidadania é entendida por 75% dos jovens como obediência a regras, com apenas 3,19% mencionando a transformação social. Apesar disso, o interesse político entre os jovens está crescendo.
Realizada entre junho e agosto de 2024, a pesquisa envolveu 188 crianças e adolescentes de escolas públicas e privadas. O vereador Carlos Bezerra Júnior (PSD) destaca que a educação política deve começar em casa, com diálogo e respeito às opiniões dos filhos. Ele sugere que simulações de assembleias e debates em sala de aula podem ajudar a desenvolver o pensamento crítico.
Os dados da EGG mostram que, em 2024, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou um aumento de 78% no número de eleitores de 16 e 17 anos em comparação a 2020, totalizando mais de 1,8 milhão de jovens. Além disso, mais de 20 milhões de jovens de 16 a 24 anos participaram das eleições, representando 12% do eleitorado.
O psicólogo Ageu Heringer Lisboa ressalta que as crianças aprendem observando os adultos. Ele enfatiza a importância de apresentar modelos éticos e diversos, além de promover o conhecimento sobre a democracia. A coordenadora da pesquisa, Fernanda Budag, alerta que a cidadania deve ir além da obediência digital, envolvendo ação consciente e crítica.
Abordagem Prática e Inclusiva
O Rev. Ivaldo Sales da Silva, reitor da Igreja Anglicana Jesus de Nazaré, destaca a importância do diálogo respeitoso e da leitura crítica. Ele menciona que o acesso a tecnologias e redes sociais pode ajudar a combater a desinformação e promover a troca de ideias.
O desafio é formar cidadãos críticos e participativos, capazes de dialogar e agir eticamente. A pesquisa da EGG indica que, embora haja um longo caminho a percorrer, iniciativas que envolvem diálogo familiar, projetos escolares e contato com a diversidade podem preparar as novas gerações para um exercício de cidadania ativo e responsável.