- O Ministério da Educação da China anunciou que, a partir de maio, crianças do ensino fundamental aprenderão sobre inteligência artificial (IA) no currículo escolar.
- A iniciativa visa preparar uma geração digitalmente competente, alinhando-se a uma estratégia de longo prazo do país.
- Alunos a partir dos dez anos terão contato com lógica algorítmica e, no ensino médio, deverão escrever programas simples.
- A proposta inclui o uso de ferramentas generativas para relatórios, mas os alunos não poderão delegar completamente suas tarefas à IA.
- Essa decisão faz parte de reformas educacionais mais amplas, que priorizam áreas como ciência da computação, engenharia e robótica, visando fortalecer a competitividade global da China em tecnologia até 2049.
O Ministério da Educação da China anunciou que, a partir de maio, crianças do ensino fundamental aprenderão conceitos de inteligência artificial (IA) como parte do currículo escolar. Essa iniciativa visa preparar uma geração digitalmente competente, alinhando-se a uma estratégia de longo prazo do país.
Os alunos, a partir dos 10 anos, terão contato com lógica algorítmica e, no ensino médio, deverão ser capazes de escrever programas simples. A proposta inclui o uso de ferramentas generativas para relatórios, mas com a restrição de que não poderão delegar completamente suas tarefas à IA. Essa abordagem reflete um cuidado em manter a disciplina enquanto se integra a tecnologia ao aprendizado.
Reformas Educacionais
A decisão de incluir a IA no currículo escolar é parte de um movimento mais amplo. Em 2023, Pequim já havia iniciado reformas universitárias, eliminando cursos considerados irrelevantes e priorizando áreas como ciência da computação, engenharia e robótica. A revisão do currículo escolar foi acelerada pela crescente importância da IA no cenário global.
Dados de desempenho reforçam essa estratégia. Em 2022, estudantes chineses lideraram o ranking do Pisa, superando as médias da OCDE em leitura, matemática e ciências. Essa performance sustenta a visão do governo de que é possível alinhar a qualidade do ensino com objetivos estratégicos de inovação.
Visão do Governo
O presidente Xi Jinping enfatizou a importância dos jovens na corrida tecnológica, classificando a IA como “uma causa da juventude”. O guia do Ministério da Educação traduz essa visão em práticas concretas, buscando formar uma geração capaz de operar e programar com IA antes da universidade.
Com a integração da IA nas escolas, a China expande sua estratégia “AI+ initiative”, reforçando a educação como um instrumento de competitividade global. A expectativa é que, ao capacitar milhões de alunos desde a infância, o país avance em sua meta de se consolidar como uma potência em inteligência artificial até 2049, ano do centenário da República Popular.