- O governo federal do Brasil anunciou a criação do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), que será aplicado a partir de outubro de 2025.
- O exame visa avaliar a qualidade dos mais de 400 cursos de medicina no país e substituirá o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
- Instituições com desempenho insatisfatório poderão enfrentar medidas rigorosas, como suspensão de vestibulares e cortes de vagas.
- Aproximadamente 96 mil alunos já se inscreveram para a primeira edição do Enamed, que influenciará a seleção para programas de residência médica a partir de 2026.
- Cursos com notas baixas no Enamed estarão sujeitos a supervisão e poderão ser fechados se o baixo desempenho persistir.
O governo federal do Brasil anunciou a criação do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), que será aplicado a partir de outubro de 2025. O exame visa avaliar a qualidade dos cursos de medicina, que atualmente somam mais de 400 instituições no país. Durante coletiva em Brasília, os ministros da Educação, Camilo Santana, e da Saúde, Alexandre Padilha, destacaram que as instituições com desempenho insatisfatório poderão enfrentar medidas rigorosas, como a suspensão de vestibulares e cortes de vagas.
O Enamed substituirá o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e terá um papel crucial na formação médica. Cerca de 96 mil alunos já se inscreveram para a primeira edição, quase três vezes mais que a última aplicação do Enade. O exame não apenas avaliará a qualidade das escolas, mas também influenciará a seleção para programas de residência médica, com a nota do Enamed valendo 20% na seleção a partir de 2026.
Medidas de Supervisão
Os cursos que obtiverem notas nas faixas 1 e 2 do Enamed estarão sujeitos a supervisão. As instituições deverão prestar esclarecimentos e poderão enfrentar medidas cautelares, como visitas do Ministério da Educação (MEC). Se o baixo desempenho persistir, a fiscalização poderá resultar em fechamento de cursos.
A implementação do Enamed é parte de um esforço maior para reestruturar o ensino médico no Brasil, alinhando-o às novas Diretrizes Curriculares Nacionais. Padilha afirmou que a mudança representa um marco histórico, visando melhorar a formação médica e atender às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que o novo exame contribua para a redução da má formação e a propagação de pseudociências na área da saúde.