- O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, gerou polêmica ao ironizar estudantes em um vídeo no Instagram.
- Ele questionou a capacidade dos jovens de resolver uma multiplicação simples, fazendo referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Brunini afirmou que a educação precisa melhorar, criticando o conhecimento matemático dos alunos.
- O secretário de Educação de Mato Grosso, Alan Porto, e o secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, criticaram a atitude do prefeito, destacando a seriedade do tema educacional.
- Um advogado acionou o Conselho Tutelar e o Ministério Público, alegando violação dos direitos das crianças conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL-MT), gerou polêmica ao ironizar estudantes em um vídeo publicado em seu Instagram. Na gravação, ele questiona a capacidade dos jovens de resolver uma multiplicação simples, enquanto faz referência a um gesto associado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Sabe fazer o L, mas não sabe quanto é 4×4”, diz Brunini, provocando reações negativas.
O episódio ocorreu após os alunos posarem ao lado do prefeito, que voltou para interagir com eles. Brunini afirmou que a educação precisa melhorar, criticando a falta de conhecimento matemático dos estudantes. O secretário de Educação de Mato Grosso, Alan Porto, classificou a situação como “lamentável”, ressaltando que expor crianças a situações vexatórias não é o caminho adequado para resolver problemas educacionais.
Críticas e Consequências
Além de Porto, o secretário da Casa Civil, Fábio Garcia (União Brasil), também se manifestou contra Brunini, enfatizando a seriedade do tema educacional e a necessidade de evitar a politização da educação. Garcia alertou sobre os riscos da exposição de menores em redes sociais, mesmo que suas imagens não apareçam.
O deputado Lúdio Cabral (PT-MT), adversário político de Brunini, apresentou um requerimento na Assembleia Legislativa cobrando ações do Estado. Ele acusou o prefeito de praticar cyberbullying e expor crianças de forma inadequada. Um advogado local, Paulo Lemos, também acionou o Conselho Tutelar e o Ministério Público, argumentando que a situação configura uma violação dos direitos das crianças, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A repercussão do vídeo e as críticas recebidas por Brunini levantam questões sobre a responsabilidade de figuras públicas em relação à educação e ao tratamento de jovens em situações de destaque nas redes sociais.