- O livro “O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, foi banido em escolas de Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná por conter expressões consideradas impróprias.
- A editora Companhia das Letras entrou com uma ação judicial contra a censura.
- Um parecer do Ministério da Educação (MEC) considerou a obra adequada para o Ensino Médio, afirmando que não faz apologia à violência ou drogas.
- Após a polêmica, as vendas do livro aumentaram 400%, tornando-se um dos mais vendidos na Amazon.
- Outras obras, como “O Menino Marrom”, de Ziraldo, e “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”, de Flávia Martins de Carvalho, também enfrentaram censura em escolas brasileiras.
O livro O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório, foi banido em escolas de Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná devido a alegações de conter expressões impróprias. A editora Companhia das Letras entrou com uma ação judicial contra essa censura. Recentemente, um parecer do Ministério da Educação (MEC) considerou a obra adequada para o Ensino Médio, afirmando que não faz apologia à violência ou ao uso de drogas.
O parecer do MEC, acessado pelo Estadão, destaca que as cenas do livro possuem “coerência interna” e são parte da lógica narrativa. A obra, que narra a busca do protagonista Pedro por entender o passado familiar após a morte do pai, aborda questões raciais e sociais relevantes. A avaliação do MEC reafirma a aprovação anterior do livro pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), ocorrida em 2022.
Após a polêmica, as vendas de O Avesso da Pele aumentaram 400%, tornando-se um dos mais vendidos na Amazon. O autor, Jeferson Tenório, critica a retirada de obras que abordam temas sociais, ressaltando que a literatura é fundamental para a formação crítica dos alunos. Ele argumenta que a censura prejudica o contato dos estudantes com reflexões importantes em um ambiente educacional.
Além de O Avesso da Pele, outras obras também enfrentaram censura em escolas brasileiras. O livro O Menino Marrom, de Ziraldo, e Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas, de Flávia Martins de Carvalho, foram suspensos em diferentes estados, gerando debates sobre a liberdade de expressão na educação. O MEC defende que a discussão de temas complexos é essencial para o desenvolvimento social e educacional do país.