- Estudos recentes indicam que apenas 10% dos chefes são considerados abusivos, um número estável ao longo do tempo.
- Comportamentos tóxicos podem ser desencadeados por pressões externas e atitudes dos funcionários.
- A pesquisadora de gestão empresarial Mary Mawritz relata sua experiência com um chefe abusivo, que a motivou a investigar o impacto desses líderes.
- Especialistas afirmam que comportamentos abusivos, como gritar e humilhar, prejudicam a saúde mental dos funcionários e o desempenho das empresas.
- Algumas empresas estão adotando práticas para promover ambientes de trabalho saudáveis, focando na comunicação aberta e na formação em gestão.
A relação entre líderes e funcionários tem sido amplamente discutida, especialmente em relação ao comportamento abusivo de chefes. Estudos recentes indicam que apenas 10% dos chefes são considerados abusivos, um número que se mantém estável ao longo do tempo. Contudo, comportamentos tóxicos podem ser influenciados por pressões externas e atitudes dos próprios funcionários.
Mary Mawritz, pesquisadora de gestão empresarial, compartilha sua experiência de ter trabalhado sob um chefe abusivo, que a intimidava e a fazia sentir-se mal. Essa experiência a motivou a investigar o fenômeno dos líderes tóxicos. A pesquisa revela que os chefes abusivos não apenas prejudicam a saúde mental dos funcionários, mas também afetam negativamente o desempenho das empresas.
Os especialistas, como Bennett Tepper, que introduziu o conceito de supervisão abusiva, afirmam que comportamentos como gritar e humilhar não trazem resultados positivos. Estudos mostram que ambientes de trabalho com líderes abusivos têm maior rotatividade de funcionários e menor satisfação geral. Além disso, os funcionários tendem a relatar problemas de saúde mental semelhantes aos de pessoas com transtorno de estresse pós-traumático.
Fatores que Contribuem para o Comportamento Abusivo
A pressão por resultados e a diferença de poder entre líderes e subordinados são fatores que podem desencadear comportamentos abusivos. Mawritz destaca que, muitas vezes, os problemas começam com os próprios funcionários, que, por suas atitudes, podem levar um chefe a agir de forma hostil.
A cultura de adulação também é um aspecto que permeia muitos ambientes de trabalho. Funcionários frequentemente sentem a necessidade de agradar seus superiores para garantir sua posição, o que pode perpetuar um ciclo de abuso. No entanto, algumas empresas estão começando a adotar práticas que incentivam um ambiente mais saudável, promovendo a comunicação aberta e a formação em gestão.
Caminhos para a Mudança
Embora a mudança na cultura organizacional seja lenta, algumas empresas estão se esforçando para combater a toxicidade no ambiente de trabalho. A conscientização sobre os efeitos negativos do comportamento abusivo é o primeiro passo para a transformação. Especialistas sugerem que a promoção deve ser baseada na capacidade de liderança, e não apenas no desempenho técnico.
A persistência de chefes abusivos é um desafio que muitas organizações enfrentam. Mawritz observa que, apesar dos esforços, a mudança de mentalidade ainda é um obstáculo significativo. A experiência de funcionários que enfrentam líderes tóxicos, como a dela, ressalta a importância de ambientes de trabalho saudáveis e respeitosos.