- Chicago é um laboratório de políticas educacionais focadas em diversidade e inclusão, com iniciativas para aumentar a contratação de professores negros e expandir o ensino de história negra.
- O governo Trump investiga distritos escolares por programas que apoiam estudantes negros, alegando que são ilegais.
- O Escritório de Direitos Civis do Departamento de Educação utiliza investigações e ameaças de corte de financiamento para desmantelar programas que visam apoiar minorias raciais.
- A Casa Branca argumenta que direcionar recursos a grupos racialmente desfavorecidos discrimina aqueles em posição de vantagem.
- A legalidade de considerar raça nas políticas educacionais pode ser decidida pela Suprema Corte, enquanto alguns distritos já reformularam suas abordagens para evitar sanções federais.
A cidade de Chicago se destaca como um laboratório de políticas educacionais focadas em diversidade e inclusão, com iniciativas para aumentar a contratação de professores negros e expandir o ensino de história negra. No entanto, essas ações enfrentam resistência do governo Trump, que investiga distritos escolares por supostas violações legais em programas que apoiam estudantes negros.
O governo federal, sob a administração Trump, reverteu a abordagem tradicional em relação a raça e educação, atacando o que considera “D.E.I. ilegal” (diversidade, equidade e inclusão). O Escritório de Direitos Civis do Departamento de Educação está utilizando investigações e ameaças de corte de financiamento para desmantelar programas que visam apoiar minorias raciais. Essa mudança de postura afeta diretamente distritos como os de Chicago e Evanston, que têm sido alvo de investigações por concentrar esforços em alunos não brancos.
A Casa Branca argumenta que direcionar recursos a grupos racialmente desfavorecidos discrimina aqueles que sempre estiveram em posição de vantagem. Em resposta, líderes locais defendem a legalidade de suas iniciativas, como o “Plano de Sucesso do Estudante Negro”, que visa dobrar a contratação de professores negros até 2029 e expandir o ensino de história afro-americana. A vice-presidente do grupo conservador Defending Education, Sarah Parshall Perry, critica o foco excessivo em estudantes negros, alertando para a necessidade de atender também a outros grupos, como os hispânicos.
Dados recentes mostram que estudantes se saem melhor academicamente quando têm professores que compartilham aspectos de sua identidade. Apesar disso, a administração Trump considera muitos desses programas ilegais, citando o Título VI da Lei dos Direitos Civis. A questão sobre a legalidade de considerar raça nas políticas educacionais pode chegar à Suprema Corte, enquanto distritos como o de Los Angeles já reformularam suas abordagens para evitar sanções federais.