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IA se torna aliada da educação e transforma a aprendizagem nas escolas

Colégios adotam inteligência artificial para personalizar o aprendizado, enquanto a Unesco pede diretrizes éticas e alerta sobre desigualdade no acesso à tecnologia

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Ana Maria Macedo Anjos, professora de matemática no Sesi: 'Cada estudante tem a possibilidade de buscar estratégias diferenciadas'. (Foto: Sesi/Divulgação)
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  • A inteligência artificial (IA) está sendo utilizada em colégios como Bandeirantes e Miguel de Cervantes para personalizar o aprendizado dos alunos.
  • Desde 2023, o Colégio Bandeirantes aplica IA na criação de questões de prova e jogos pedagógicos, ajudando alunos a organizarem seus estudos.
  • O Colégio Miguel de Cervantes utiliza IA para elaborar relatórios, facilitando o trabalho dos professores.
  • A Unesco destaca a necessidade de diretrizes éticas para o uso da IA nas escolas, enfatizando a importância do acesso igualitário à tecnologia.
  • O Sesi-SP implementou a ferramenta Leia, que auxilia alunos do ensino médio em português e matemática, atendendo cerca de 36 mil estudantes.

A inteligência artificial (IA) já faz parte do cotidiano escolar, com instituições como o Colégio Bandeirantes e o Colégio Miguel de Cervantes adotando a tecnologia para personalizar o aprendizado. Desde 2023, o Bandeirantes utiliza IA para criar questões de prova e jogos pedagógicos, permitindo que alunos tirem dúvidas e organizem seus estudos. O diretor de tecnologia, Emerson Pereira, destaca a importância de se apropriar da tecnologia para não ser superado pelos alunos.

No Colégio Miguel de Cervantes, a IA tem sido aplicada na elaboração de relatórios, reduzindo o tempo de trabalho dos professores. O diretor de ensino, Rudney Soares, enfatiza que a tecnologia deve complementar o aprendizado humano, sem atropelar processos analógicos. A Unesco também alerta sobre a necessidade de diretrizes éticas para o uso da IA nas escolas, ressaltando que a tecnologia deve servir ao bem-estar de alunos e professores.

A desigualdade no acesso à tecnologia é uma preocupação crescente. Dados da Unesco mostram que mais de dois terços dos estudantes do ensino médio em países de renda alta utilizam ferramentas de IA, enquanto apenas 10% das instituições possuem diretrizes para seu uso. A IA pode oferecer oportunidades de aprendizagem personalizada, adaptando materiais às necessidades individuais dos alunos, incluindo aqueles com deficiência.

O Sesi-SP implementou a ferramenta Leia, que auxilia alunos do ensino médio em português e matemática, atendendo cerca de 36 mil estudantes. A plataforma oferece exercícios e tira dúvidas com base no histórico do aluno, promovendo autonomia. A professora Ana Maria Macedo Anjos destaca que a ferramenta deve ser vista como uma aliada no processo de aprendizado.

A discussão sobre o uso da IA nas escolas também envolve a necessidade de diretrizes claras. A professora Dora Kaufman, da PUC-SP, defende que instituições de ensino devem elaborar normas que maximizem os benefícios da tecnologia, ao mesmo tempo em que mitigam riscos. O Conselho Nacional de Educação está trabalhando em um relatório com orientações sobre o uso da IA, que deve ser concluído ainda este ano.

Por fim, o uso indevido da IA por alunos, como a realização de trabalhos inteiros com a tecnologia, tem gerado preocupações. Pereira, do Bandeirantes, ressalta a importância de os professores entenderem a ferramenta e de estabelecerem boas práticas para seu uso em sala de aula. A IA deve ser uma ferramenta que facilita a aprendizagem, mas não substitui o esforço humano na aquisição de conhecimento.

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