Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Aurora Bernardini critica obras de Itamar, Ernaux e Ferrante como não literárias

Aurora Bernardini, aos 84 anos, continua a influenciar a literatura brasileira com suas traduções e críticas contundentes à produção contemporânea

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Aurora Fornoni Bernardini, tradutora e professora aposentada da USP, em sua casa no Brooklin, zona oeste de São Paulo (Foto: Reprodução)
0:00 0:00
  • Aurora Fornoni Bernardini, tradutora e professora aposentada da Universidade de São Paulo (USP), recebeu o prêmio Ciccillo Matarazzo por sua contribuição à literatura.
  • Ela traduziu a autobiografia da escritora russa Nina Berberova, que será lançada pela editora Kalinka.
  • Nascida em Domodossola, na Itália, Aurora chegou ao Brasil aos 13 anos e tem uma carreira marcada pelo envolvimento com a literatura e a tradução.
  • Aurora está organizando a publicação de ensaios do escritor dinamarquês Per Johns, que abordam literatura e natureza, com lançamento previsto pela editora Iluminuras.
  • Ela critica a literatura contemporânea, destacando a falta de estilo em obras como “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior, e elogia a prosa de Rosa Montero.

Aurora Fornoni Bernardini, tradutora e professora aposentada da USP, foi recentemente agraciada com o prêmio Ciccillo Matarazzo por sua contribuição à literatura. Aos 84 anos, Aurora continua a traduzir obras à mão, destacando-se pela sua dedicação e paixão pelas línguas. Sua mais recente empreitada foi a tradução da autobiografia da escritora russa Nina Berberova, que será lançada pela editora Kalinka.

Nascida em Domodossola, na Itália, Aurora chegou ao Brasil aos 13 anos. Desde então, sua trajetória acadêmica e profissional foi marcada por um profundo envolvimento com a literatura e a tradução. Em sua casa, repleta de livros e quadros, ela reflete sobre a evolução da literatura contemporânea, criticando a ênfase excessiva no conteúdo em detrimento da forma. Para Aurora, essa tendência empobrece a literatura brasileira.

A professora também está organizando a publicação de ensaios do escritor dinamarquês Per Johns, que abordam temas como literatura e natureza. O livro, intitulado “Em Busca do Quem das Coisas”, será lançado em breve pela editora Iluminuras. Aurora destaca a importância de Johns, que traduziu obras de Guimarães Rosa, e considera seu trabalho essencial para a literatura contemporânea.

Aurora não hesita em criticar obras contemporâneas, como “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior, que, apesar de seu conteúdo interessante, carece de um estilo marcante. Ela também menciona a Nobel de Literatura Annie Ernaux e a escritora Elena Ferrante, considerando suas obras mais como best-sellers do que literatura de qualidade. Em contraste, a prosa da espanhola Rosa Montero é elogiada por Aurora, que vê nela um estilo que dá vida ao cotidiano.

Além de suas traduções, Aurora compartilha memórias de sua juventude durante a ditadura militar no Brasil, quando enfrentou desafios ao lecionar literatura russa. Sua coragem em questionar os militares sobre a segurança de colegas é um testemunho de sua determinação e compromisso com a educação. Com uma carreira repleta de conquistas, Aurora Fornoni Bernardini continua a ser uma voz influente na literatura e na tradução no Brasil.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais