- Amin Maalouf, escritor franco-libanês, recebeu o Prêmio em Literatura em Línguas Romances na Feria del Libro de Guadalajara.
- A premiação, que ocorrerá em novembro, oferece um prêmio de 150 mil dólares.
- Durante o anúncio, Maalouf destacou a literatura como resistência contra extremismos e a importância da solidariedade.
- O júri avaliou 48 candidaturas de 18 países e elogiou a relevância das obras de Maalouf, que abordam temas como nacionalismo e religião.
- O Prêmio FIL é concedido a autores que publicam em espanhol, catalão, francês, italiano, rumano ou português e a entrega ocorrerá na abertura da feira, a maior da América Latina.
Amin Maalouf, renomado escritor franco-libanês, foi agraciado com o Prêmio em Literatura em Línguas Romances na Feria del Libro de Guadalajara. A premiação, que ocorrerá em novembro, é uma das mais prestigiadas do cenário literário internacional e oferece 150 mil dólares ao vencedor.
Durante a cerimônia de anúncio, Maalouf destacou a importância da literatura como uma ferramenta de resistência contra extremismos e a necessidade de solidariedade em tempos de crise. O autor, que possui uma carreira de mais de 70 anos, expressou sua preocupação com a deriva autoritária e os conflitos que afligem a civilização contemporânea. Ele afirmou que a literatura pode ser uma *cura* para os desafios enfrentados pela humanidade.
O júri, que recebeu 48 candidaturas de 18 países, elogiou Maalouf como uma das vozes mais relevantes do nosso tempo. A representante do júri, Carmen Alemany, ressaltou a complexidade das obras do autor, que abordam temas como nacionalismo e religião, além de dar voz aos marginalizados.
Reconhecimento e Impacto
O Prêmio FIL é concedido a autores que publicam em espanhol, catalão, francês, italiano, rumano ou português. A entrega do prêmio ocorrerá na abertura da feira, que é considerada a maior da América Latina e a segunda maior do mundo. O evento, fundado pela Universidade de Guadalajara, reúne anualmente escritores de renome mundial.
Maalouf, conhecido por obras como León el Africano e Orígenes, reiterou que a verdadeira identidade a ser respeitada é a do ser humano, parte de uma cultura maior. Ele enfatizou que, apesar do progresso em várias áreas, a mentalidade humana ainda não evoluiu na mesma medida, tornando o presente um dos períodos mais perigosos da história.