- João Carlos Castellar se apresentou à Polícia Civil como representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio de Janeiro (OAB-RJ), embora não faça parte da Comissão de Prerrogativas.
- A OAB-RJ instaurou um processo administrativo e desmentiu a alegação de Castellar, que afirmou atuar pro bono.
- A designação de Castellar foi revogada após a OAB-RJ comunicar oficialmente à Justiça que ele não possui vínculo com a comissão.
- O delegado Angelo Lages, da 12ª Delegacia de Polícia (Copacabana), solicitou a quebra de sigilos de Paulo Lins e Silva e de outras 11 pessoas em um inquérito sobre a socialite Regina Gonçalves.
- As investigações indicam que as contas de Regina foram esvaziadas nos últimos dez anos, levantando suspeitas sobre a dilapidação de seu patrimônio.
Um advogado que não faz parte da Comissão de Prerrogativas da OAB-RJ, João Carlos Castellar, se apresentou à Polícia Civil como representante da entidade, gerando uma rápida reação da Ordem. Castellar, que defende o advogado Paulo Lins e Silva e seus sócios, teve sua designação revogada após a OAB-RJ instaurar um processo administrativo para investigar sua conduta.
O caso ganhou notoriedade quando o delegado Angelo Lages, da 12ª DP (Copacabana), solicitou a quebra de sigilos de Lins e Silva e de outras 11 pessoas, incluindo advogados envolvidos em um inquérito sobre a socialite Regina Gonçalves. As investigações revelam que, nos últimos dez anos, as contas de Regina foram esvaziadas, levantando suspeitas sobre a dilapidação de seu patrimônio.
Castellar compareceu à delegacia e alegou atuar em nome de Lins e Silva e outros advogados como representante da Comissão de Prerrogativas. Contudo, a OAB-RJ desmentiu essa afirmação, esclarecendo que ele não integra a comissão sob a presidência de Ana Tereza Basilio. A Ordem também comunicou oficialmente à Justiça que Castellar não possui vínculo com a comissão.
Reação da OAB-RJ
A OAB-RJ reagiu ao protocolo de Castellar, que utilizou papel timbrado da entidade para alegar que seus clientes não foram informados sobre a representação do delegado. A Ordem destacou que todas as portarias da gestão anterior foram revogadas em janeiro. Castellar, por sua vez, afirmou que não tinha conhecimento da revogação e que sua atuação era pro bono.
O advogado Lins e Silva, que já enfrenta uma denúncia de patrocínio infiel, não se manifestou sobre o caso. A acusação partiu de Regina, que o acusou de agir de forma desleal em relação aos seus interesses. As investigações continuam, e a situação de Castellar levanta questões sobre a ética e a representação legal no contexto atual.