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Renda e racismo dificultam conclusão do ensino básico, aponta pesquisa

Estudo aponta que racismo estrutural e necessidade de renda dificultam a conclusão da educação básica no Brasil, afetando milhões de jovens

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Jovens trabalhando, o que pode dificultar a conclusão da educação básica (Foto: Reprodução)
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  • A pesquisa da Fundação Roberto Marinho e do Itaú Educação e Trabalho aponta que o racismo estrutural e a necessidade de renda dificultam a conclusão da educação básica no Brasil.
  • Cerca de 66 milhões de brasileiros com mais de 15 anos estão fora da escola e não completaram a educação básica.
  • A evasão escolar é mais comum entre jovens de 15 a 20 anos, especialmente homens negros de baixa renda.
  • Concluir a Educação de Jovens e Adultos (EJA) pode aumentar as chances de emprego formal em até 9,6 pontos percentuais e a renda em até 7,5%.
  • Especialistas pedem a criação de políticas públicas que integrem a EJA com a Educação Profissional e Tecnológica para melhorar as oportunidades de trabalho.

A pesquisa da Fundação Roberto Marinho e do Itaú Educação e Trabalho revela que o racismo estrutural e a necessidade de renda são barreiras significativas para a conclusão da educação básica no Brasil. O estudo, intitulado “Educação de Jovens e Adultos: Acesso, Conclusão e Impactos sobre Empregabilidade e Renda”, destaca que 66 milhões de brasileiros com mais de 15 anos estão fora da escola e não completaram a educação básica.

Diogo Jamra, gerente do Itaú, enfatiza que a maioria desse público é composta por pessoas negras e de baixa renda. Ele aponta que a EJA (Educação de Jovens e Adultos) deve ser adaptada para atender a esse perfil, considerando que muitos jovens abandonam os estudos devido à necessidade de trabalhar. Jamra sugere que iniciativas como o programa Pé-de-Meia podem ajudar a articular políticas que garantam acesso à educação.

Desafios e Oportunidades

A pesquisa também revela que a evasão escolar é mais comum entre jovens de 15 a 20 anos, especialmente aqueles que são homens, negros, residem em áreas rurais e têm baixa renda. Para jovens de 21 a 29 anos fora da escola, a chance de matrícula na EJA é maior entre mulheres e desempregados, mas fatores como ser responsável pelo domicílio e trabalhar reduzem essa probabilidade.

Os dados indicam que concluir a EJA pode aumentar em 7 pontos percentuais as chances de conseguir um emprego formal e elevar a renda mensal em 4,5%. Para jovens de 19 a 24 anos, a formalização pode aumentar em 9,6 pontos percentuais e a renda em 7,5%. Jamra destaca a importância de integrar a EJA com a Educação Profissional e Tecnológica para melhorar as perspectivas de trabalho e vida dos jovens.

Necessidade de Políticas Públicas

O especialista ressalta que é crucial fortalecer as políticas públicas voltadas para a educação de jovens e adultos, garantindo o direito à educação. Ele defende que a academia desenvolva novas metodologias pedagógicas que se adequem ao perfil desse público, especialmente em áreas rurais. A pesquisa reforça o papel estratégico da EJA como um caminho para a formação e inclusão social, essencial para a construção de trajetórias de vida dignas e com melhores condições de trabalho.

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