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Nobelistas criticam Trump e comparam governo a regime de Hitler

Nobel laureates alertam sobre os riscos das políticas de Trump para a ciência e a economia dos EUA, pedindo intervenção do Congresso

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Mulher segura um cartaz durante protesto contra cortes (Foto: Reprodução)
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  • Laureados com o Prêmio Nobel nos Estados Unidos expressaram preocupações sobre as políticas de Donald Trump e seus impactos na ciência e pesquisa.
  • Roald Hoffmann, vencedor do Nobel de Química em mil novecentos e oitenta e um, destacou a importância da imigração e da diversidade, alertando para um ambiente hostil que pode prejudicar futuras gerações de cientistas.
  • Joachim Frank, laureado em mil novecentos e dezessete, comparou a situação atual com o regime nazista, afirmando que a liderança científica dos EUA está ameaçada.
  • Rich Roberts, vencedor do Nobel em Fisiologia ou Medicina em mil novecentos e noventa e três, ressaltou que cortes no financiamento da pesquisa podem afetar a saúde pública e a indústria biotecnológica.
  • Estudos indicam que, se os cortes orçamentários forem implementados, o PIB dos EUA pode cair em até três vírgula oito por cento a longo prazo, semelhante à recessão de dois mil e nove.

Recentes declarações de laureados com o Prêmio Nobel nos Estados Unidos revelam preocupações sobre os impactos das políticas de Donald Trump na ciência e na pesquisa. Em um questionário enviado pelo EL PAÍS, a maioria dos laureados expressou receio sobre a erosão da liderança científica do país e suas consequências econômicas.

Roald Hoffmann, vencedor do Nobel de Química em 1981, destacou a importância da imigração e da diversidade na ciência. Ele lamentou que as políticas atuais possam impedir futuras gerações de cientistas de terem as mesmas oportunidades que ele teve ao emigrar para os EUA. Hoffmann enfatizou que a atual administração está promovendo um ambiente de “bullying e incivilidade”, o que pode afetar negativamente a pesquisa científica.

Outro laureado, Joachim Frank, que ganhou o Nobel de Química em 2017, fez uma comparação alarmante entre a situação atual e o regime nazista, que forçou muitos cientistas a deixar a Alemanha. Ele alertou que a liderança científica dos EUA está em risco, com a possibilidade de que países como a China assumam essa posição.

Rich Roberts, vencedor do Nobel em Fisiologia ou Medicina em 1993, também expressou preocupações sobre o impacto econômico das políticas de Trump. Ele afirmou que a redução de financiamento para a pesquisa científica pode afetar não apenas a ciência, mas também a saúde pública e a indústria biotecnológica. Roberts ressaltou que a falta de apoio à pesquisa básica pode levar empresas a falências.

Impactos Econômicos e Científicos

Estudos indicam que, se as propostas de cortes orçamentários de Trump forem implementadas, o PIB dos EUA poderá cair em até 3,8% a longo prazo, semelhante ao que ocorreu durante a recessão de 2009. As agências de pesquisa e promoção da saúde enfrentam os cortes mais drásticos desde a Segunda Guerra Mundial, resultando em milhares de demissões.

A comunidade científica tem se mobilizado, com manifestos assinados por centenas de pesquisadores, mas muitos temem represálias. Barry Barish, ganhador do Nobel de Física em 2017, mencionou a deterioração da parceria entre a Casa Branca e as universidades, alertando que a redução no financiamento pode marcar o fim de uma era de excelência científica nos EUA.

Harold Varmus, laureado em Medicina em 1989, destacou que os efeitos a longo prazo das políticas atuais podem prejudicar a imagem dos EUA como um destino para treinamento e pesquisa científica. A nova administração também ameaça as carreiras de jovens cientistas imigrantes, que são essenciais para a inovação.

Os laureados esperam que o Congresso intervenha para mitigar os cortes propostos no orçamento de 2026, que está em debate. Carl Wieman, professor emérito da Universidade de Stanford e vencedor do Nobel em 2001, acredita que, apesar das propostas drásticas, o Congresso pode não aprovar os cortes, como ocorreu em administrações anteriores.

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