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Murcia retira programa de língua árabe nas escolas após pressão do Vox

Partido Popular e Vox encerram Programa de Ensino de Língua Árabe e Cultura Marroquina, afetando 350 alunos na Região de Murcia

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Crianças de pais magrebinos brincam na entrada de casa em Torre Pacheco, Murcia, durante o mês de julho (Foto: Reprodução)
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  • O Programa de Ensino de Língua Árabe e Cultura Marroquina (PLACM) foi cancelado na Região de Murcia.
  • A decisão foi tomada pelo Partido Popular (PP) em parceria com o Vox, afetando cerca de 350 alunos.
  • O conselheiro de Educação, Víctor Marín, afirmou que a retirada do programa atende a um acordo orçamentário.
  • O PLACM, que existia desde 2012, oferecia aulas voluntárias e era financiado pelo Ministério da Educação e pela embaixada de Marrocos.
  • A eliminação do programa é parte de uma tendência em outras regiões da Espanha, levantando preocupações sobre diversidade cultural e inclusão educacional.

O Programa de Ensino de Língua Árabe e Cultura Marroquina (PLACM), que existia na Região de Murcia desde 2012, foi cancelado pelo Partido Popular (PP) em conjunto com o Vox, afetando cerca de 350 alunos. O conselheiro de Educação, Víctor Marín, confirmou a decisão, que se baseia no cumprimento de um acordo orçamentário firmado entre os dois partidos.

O PLACM, que oferecia aulas de forma voluntária e fora do horário escolar, era financiado pelo Ministério da Educação e pela embaixada de Marrocos. O programa, que já havia passado despercebido por anos, ganhou destaque em março, quando uma deputada do Vox pediu sua retirada. Na época, o conselheiro expressou surpresa, já que o programa estava em vigor mesmo durante a gestão anterior do Vox na Educação.

Cancelamento e Impacto

O acordo entre PP e Vox, assinado em junho, explicitou que o governo da região não desenvolveria mais programas de promoção da língua árabe e da cultura marroquina nas escolas. Marín reiterou que a decisão visa o cumprimento do acordo orçamentário, afirmando que é “beneficioso para o interesse geral e para toda a comunidade educativa”.

Os alunos que participavam do PLACM eram, em sua maioria, de origem marroquina e se beneficiavam da mediação dos professores, que ajudavam na integração e na comunicação com as famílias. A supressão do programa foi lamentada pelo Consulado de Marrocos em Murcia, que destacou seu caráter voluntário e gratuito, essencial para a comunidade.

Contexto Nacional

A decisão de Murcia segue uma tendência observada em outras regiões da Espanha, como a Comunidade de Madrid, que também anunciou a retirada do programa em julho, alegando falta de garantias para seu funcionamento adequado. A eliminação do PLACM levanta questões sobre a diversidade cultural e a inclusão educacional na Espanha, especialmente em um contexto de crescente polarização política.

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