- A FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) firmou um acordo de cooperação com a Aliança Universitária de Berlim em cinco de setembro.
- O objetivo é promover a colaboração científica e tecnológica, com chamadas conjuntas para projetos e seminários.
- A primeira chamada deve ser lançada até o final de 2025.
- O acordo destaca pesquisas em línguas indígenas e citricultura, incluindo o financiamento do Centro de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas do Brasil.
- A vice-presidente de internacionalização da Freie Universität Berlin, Verena Blechinger-Talcott, enfatizou a importância da cooperação para resolver problemas globais.
A FAPESP firmou um acordo de cooperação com a Aliança Universitária de Berlim (BUA) em 5 de setembro, visando promover a colaboração científica e tecnológica por cinco anos. O acordo inclui chamadas conjuntas para projetos, seminários e intercâmbios em diversas áreas do conhecimento. A primeira chamada deve ser lançada até o final deste ano.
Durante a assinatura, o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, destacou a importância da relação com as universidades de Berlim e a comunidade científica alemã. Ele mencionou a realização da FAPESP Week Alemanha, que foi um sucesso, e a visita de Katja Becker, presidente da Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG), reforçando a parceria de longa data entre as instituições.
Projetos em Destaque
O acordo também enfatiza iniciativas em pesquisa sobre línguas indígenas e citricultura. Zago anunciou o financiamento do Centro de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas do Brasil, que visa documentar e difundir a diversidade linguística dos povos originários. Este projeto é realizado em parceria com o Museu da Língua Portuguesa e o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.
Na área da citricultura, o Centro de Pesquisa Aplicada em Inovação e Sustentabilidade foi criado em colaboração com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e a USP. O objetivo é combater doenças que afetam os laranjais, como o greening, que já infectou 40% das plantas no Brasil.
Colaboração Internacional
Verena Blechinger-Talcott, vice-presidente de internacionalização da Freie Universität Berlin, ressaltou a importância da internacionalização na estratégia de pesquisa alemã. Ela afirmou que a cooperação entre Berlim e São Paulo pode ajudar a resolver problemas globais, promovendo mais pesquisas e oportunidades para novos pesquisadores.
Representantes de diversas instituições, como o Centro Aeroespacial Alemão e o Instituto Ibero-Americano, também participaram do encontro, reforçando a intenção de criar um ambiente colaborativo robusto entre as universidades e centros de pesquisa de ambos os países.