- O Instituto Trajetórias foi lançado em 4 de outubro de 2023 para financiar mestrados no exterior para estudantes brasileiros.
- A iniciativa visa aumentar a mobilidade internacional, atualmente restrita a cerca de 30 mil alunos em pós-graduação fora do Brasil.
- A entidade sem fins lucrativos irá unir recursos públicos, descontos em universidades renomadas e doações para oferecer bolsas de estudo.
- Os estudantes poderão receber descontos de 20% a 100% nas mensalidades e devem devolver o valor da bolsa, em torno de US$ 30 mil, se optarem por não retornar ao Brasil.
- A meta é alcançar 350 bolsistas até 2026 e 1 mil por ano até 2032, com foco em áreas como mudanças climáticas e tecnologia.
O Instituto Trajetórias foi oficialmente lançado em 4 de outubro de 2023, com o objetivo de financiar mestrados no exterior para estudantes brasileiros. A iniciativa busca aumentar a mobilidade internacional, que atualmente é restrita a cerca de 30 mil alunos em pós-graduação fora do Brasil, um número muito inferior ao de países como China e Índia.
A entidade sem fins lucrativos irá unir recursos públicos, descontos em universidades renomadas e doações para oferecer bolsas de estudo. O instituto já firmou parcerias com instituições de prestígio, como Universidade de Yale, Tsinghua Shenzhen, Imperial College London, entre outras. Os estudantes selecionados poderão receber descontos que variam de 20% a 100% nas mensalidades.
Para garantir que os alunos retornem ao Brasil após a conclusão dos estudos, o instituto estipula que, caso optem por permanecer no exterior, deverão devolver o valor da bolsa, que gira em torno de US$ 30 mil. Além disso, o instituto se compromete a auxiliar na reintegração desses profissionais ao mercado de trabalho brasileiro.
A CEO do Trajetórias, Leany Lemos, enfatiza que a formação internacional deve ser uma estratégia nacional de desenvolvimento. A meta é alcançar 350 bolsistas até 2026 e 1 mil por ano até 2032. Estados como Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco já assinaram protocolos de intenções com o instituto, visando financiar bolsas em áreas prioritárias como mudanças climáticas e tecnologia.
Estudos indicam que o Brasil poderia ter até 52 mil estudantes internacionais anualmente, quase o dobro do atual. O economista Pedro Fernando Nery destaca que o investimento em capital humano é crucial para o crescimento econômico e a inserção em cadeias globais de valor. O instituto também busca doações para criar um fundo que ofereça empréstimos a juros baixos para pesquisadores, facilitando sua formação no exterior.