- Docentes e estudantes de universidades públicas protestaram em Buenos Aires contra cortes no orçamento promovidos pelo presidente Javier Milei.
- As manifestações foram uma resposta ao veto de Milei a leis que aumentariam o financiamento para a educação e a saúde pública.
- Os protestos resultaram em uma greve nacional e uma nova mobilização agendada para quarta-feira.
- O presidente do Conselho Interuniversitário Nacional, Oscar Alpa, informou que o orçamento das universidades caiu 30% desde a posse de Milei, enquanto os salários dos professores perderam 40% do poder aquisitivo.
- O governo anunciou uma denúncia judicial contra a Universidade de Buenos Aires por suposta violação de normas ao exibir mensagens políticas em seu site.
Docentes e estudantes universitários protestam contra cortes em financiamento
Na última sexta-feira, docentes e estudantes de universidades públicas se mobilizaram em Buenos Aires contra os cortes no orçamento promovidos pelo presidente Javier Milei. As manifestações, que contaram com a participação de trabalhadores da saúde, foram uma resposta ao veto de Milei a leis que aumentariam o financiamento para a educação e a saúde pública.
Os protestos culminaram em uma greve nacional e uma nova mobilização agendada para a próxima quarta-feira. A comunidade acadêmica e os profissionais de saúde se uniram em um ato que visa pressionar o Congresso a reverter os vetos presidenciais. Oscar Alpa, presidente do Conselho Interuniversitário Nacional (CIN), alertou que desde a posse de Milei, o orçamento das universidades sofreu uma queda real de 30%, enquanto os salários dos professores e trabalhadores da educação tiveram uma perda de 40% no poder aquisitivo.
Reação do Governo
Em resposta às manifestações, o governo de Milei anunciou uma denúncia judicial contra as autoridades da Universidade de Buenos Aires (UBA) por supostamente violar normas ao exibir mensagens políticas em seu site. O ministro de Capital Humano, Sandra Pettovello, acusou a UBA de bloquear o acesso ao portal com conteúdo partidário.
A situação se agrava com a falta de um orçamento nacional, que já dura dois anos. A UBA, a maior instituição de ensino superior do país, enfrenta um estado crítico e pode ter que implementar um plano de restrição de gastos operacionais. O reitor da UBA, Ricardo Gelpi, destacou que a continuidade das atividades acadêmicas está em risco devido à escassez de recursos.
Mobilização e Futuro
Os sindicatos de professores e trabalhadores da saúde prometem continuar a luta contra os cortes. A greve no Hospital Garrahan, um dos principais centros pediátricos do país, se estenderá até domingo e será retomada na quarta-feira, em sintonia com a mobilização universitária. A oposição no Congresso tentará reverter os vetos de Milei, que justificou suas ações como necessárias para preservar o equilíbrio fiscal.
A pressão sobre o governo aumenta à medida que se aproximam as eleições nacionais, marcadas para o dia 26 de outubro. A comunidade acadêmica e os trabalhadores da saúde se preparam para intensificar suas ações em busca de melhores condições de financiamento e salários.