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Cidade da Paraíba fecha escola para surdos e promove ensino inclusivo para todos

Gado Bravo adota inclusão escolar para crianças surdas após fechamento de escola especializada, enfrentando desafios familiares e estruturais

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Intérprete de libras auxilia aluno em sala de aula em Gado Bravo, Paraíba (Foto: Reprodução)
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  • Gado Bravo, na Paraíba, tem uma alta incidência de deficiência auditiva, especialmente a síndrome de Usher, afetando um a cada 364 moradores.
  • Em 2023, a cidade fechou sua escola para surdos, que tinha apenas quatro alunos, e passou a integrar essas crianças em escolas regulares com apoio de intérpretes de Libras.
  • O projeto “Alavancas para a Educação Inclusiva de Qualidade” foi implementado para capacitar as escolas a atender alunos com deficiência, promovendo um ambiente inclusivo.
  • Apesar da resistência de algumas famílias, muitos alunos já estão se beneficiando da nova abordagem, participando de atividades e se comunicando em Libras.
  • As escolas passaram por reformas para garantir acessibilidade, beneficiando também crianças com outras deficiências.

Com 8.000 habitantes, Gado Bravo, na Paraíba, enfrenta um desafio significativo: uma alta incidência de deficiência auditiva, especialmente a síndrome de Usher, que afeta 1 a cada 364 moradores. Essa condição é exacerbada por casamentos consanguíneos, levando a um aumento de doenças genéticas. Em 2023, a cidade fechou sua escola para surdos, que contava com apenas quatro alunos, e iniciou um novo modelo de inclusão.

As crianças surdas agora são integradas em escolas regulares, com o suporte de intérpretes de libras. Essa mudança visa não apenas a educação inclusiva, mas também a superação do preconceito familiar. A professora e intérprete de libras, Ernestina de Santana, destaca que muitas famílias relutam em reconhecer a deficiência auditiva dos filhos, preferindo mantê-los em casa.

O município foi selecionado para o projeto Alavancas para a Educação Inclusiva de Qualidade, que busca capacitar escolas para atender alunos com deficiência. Essa iniciativa está alinhada com a legislação brasileira e tratados internacionais, promovendo um ambiente escolar que respeite e atenda a diversidade.

Desafios e Avanços

Embora a mudança tenha gerado receios entre pais e professores, muitos alunos já estão se beneficiando. Artur Araújo, de 10 anos, encontrou novos amigos e atividades, como tocar instrumentos musicais. Sua mãe, Joselaine Araújo, expressa alívio ao ver a felicidade do filho na nova escola. Por outro lado, Arthur de Sousa, de 11 anos, enfrentou dificuldades iniciais, mas agora se comunica em libras e participa das aulas.

O vice-diretor da escola, Rafael Lima, observa que o maior desafio é convencer as famílias a aceitarem a inclusão. A resistência ainda persiste, mas há sinais de progresso. Além disso, as escolas passaram por reformas para garantir acessibilidade, beneficiando também crianças com outras deficiências, como Rafaela Barbosa, que começou a frequentar a escola aos 16 anos.

A nova abordagem em Gado Bravo representa um passo importante na luta pela inclusão e pela valorização da diversidade, mostrando que a educação pode ser um caminho para a transformação social.

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