- Apenas 10% dos graduados no Brasil conseguem empregos formais na área de formação, segundo pesquisa da Geofusion, da empresa Cortex.
- O estudo analisou mais de 400 mil egressos universitários e mostrou um descompasso entre educação superior e oportunidades de trabalho.
- Embora 69% dos recém-formados estejam empregados até um ano após a graduação, muitos aceitam cargos que não correspondem à sua formação.
- A pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 38% da população trabalhadora está sobreeducada, ou seja, possui formação superior, mas ocupa cargos que exigem menos escolaridade.
- Fatores como a oferta excessiva de cursos superiores e a exigência de experiência prévia contribuem para essa situação.
Desemprego e Desalinhamento: Jovens Graduados Enfrentam Dificuldades no Mercado de Trabalho
Uma pesquisa da Geofusion, da empresa Cortex, revela que apenas 10% dos graduados no Brasil conseguem empregos formais na área de formação. O estudo analisou mais de 400 mil egressos universitários e evidenciou um descompasso entre a educação superior e as oportunidades disponíveis no mercado de trabalho.
Embora 69% dos recém-formados estejam empregados até um ano após a graduação, muitos aceitam posições que não correspondem à sua formação. A realidade é que nove em cada dez formados precisam aceitar empregos que exigem menos escolaridade, refletindo um desalinhamento significativo entre diploma e ocupação.
Fatores Contribuintes
Chuck Bentley, CEO do Crown Financial Ministries, destaca que a expectativa de conseguir uma vaga na área desejada gera frustração. Ele sugere que a experiência profissional, mesmo em empregos temporários ou fora da especialização, é crucial para o desenvolvimento de habilidades e responsabilidades financeiras.
Entre os fatores que intensificam essa situação estão:
- O aumento da oferta de cursos superiores sem a correspondente demanda no mercado.
- Exigências de experiência prévia que muitos recém-formados ainda não possuem.
- Desigualdade regional e setorial, onde algumas áreas têm menos oportunidades.
Além disso, a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que 38% da população trabalhadora está sobreeducada, ou seja, possui formação superior, mas ocupa cargos que exigem menos escolaridade. Esse número cresceu de 26% em 2012 para a atual taxa, evidenciando a crescente desconexão entre formação e mercado.
Oportunidades de Crescimento
Bentley enfatiza que trabalhar para pagar despesas é uma forma de dignidade e que cada experiência, mesmo que pareça um desvio, pode contribuir para o crescimento pessoal. Ele sugere que famílias incentivem jovens a assumir responsabilidades financeiras, mesmo que isso signifique aceitar empregos não ideais.
O momento pós-formatura exige resiliência e capacidade de adaptação. Quando o diploma não garante um emprego ideal, os jovens têm a oportunidade de construir um currículo mais robusto, focando em caráter, fé e serviço, que são fundamentais para o desenvolvimento profissional e pessoal.