- Os jovens brasileiros entre 15 e 29 anos representam 23% da população e são um público-alvo importante para o governo federal.
- O governo lançou o Programa Pé de Meia, que já beneficia mais de 4 milhões de estudantes do Ensino Médio com incentivos financeiros.
- O programa oferece R$ 200,00 mensais a estudantes cadastrados no Cadastro Único e um depósito de R$ 1 mil ao final do curso.
- Outras iniciativas incluem o Programa Jovem Aprendiz, que registrou 680 mil aprendizes em julho de 2025, e um aumento de 60% nas verbas para assistência estudantil em 2024.
- Apesar dos avanços, 18,5% dos jovens não estudam nem trabalham, e a informalidade no mercado de trabalho continua alta.
Os jovens brasileiros entre 15 e 29 anos, que representam 23% da população, são um público-alvo crucial para o governo federal. Após preferirem Lula a Bolsonaro nas eleições anteriores, eles enfrentam desafios como a insatisfação com a economia e o mercado de trabalho. Para reconquistar essa faixa etária até 2026, o governo lançou o Programa Pé de Meia, que já beneficia mais de 4 milhões de estudantes do Ensino Médio com incentivos financeiros.
O Pé de Meia, com investimentos anuais de R$ 7,1 bilhões, visa reduzir a evasão escolar, oferecendo R$ 200 mensais a estudantes cadastrados no CadÚnico, além de um depósito de R$ 1.000 ao final do curso. O ministro da Educação, Camilo Santana, destaca que o programa busca evitar que os jovens abandonem a escola por questões financeiras. Em 2023, 41% dos jovens relataram ter deixado os estudos para trabalhar.
Avanços e Desafios
Além do Pé de Meia, outras iniciativas estão em andamento, como o Programa Jovem Aprendiz, que registrou 680 mil aprendizes em julho de 2025, e o aumento de 60% nas verbas para assistência estudantil em 2024. Contudo, 18,5% dos jovens entre 15 e 29 anos não estudam nem trabalham, segundo dados do IBGE. O Brasil ocupa a quarta posição entre os países com maior proporção de jovens fora da escola e do mercado de trabalho.
O governo também planeja lançar o Pé de Meia Universitário, que complementará programas como Fies e ProUni. No entanto, há preocupações sobre a sustentabilidade financeira dessas iniciativas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discute a possibilidade de estender o programa aos estados, visando atender mais estudantes.
Perspectivas Futuras
O governo busca melhorar a qualidade dos empregos disponíveis para os jovens, que frequentemente enfrentam condições precárias. Em 2024, mais de 90% dos empregos formais criados foram para trabalhadores de até 24 anos. Apesar dos avanços, especialistas alertam que a qualidade dos empregos ainda é uma preocupação. A taxa de desemprego entre os jovens caiu de 25,2% para 14,3%, mas a informalidade continua alta.
As políticas públicas voltadas para a juventude são vistas como um canal de comunicação entre o governo e esse eleitorado. O sucesso das iniciativas será avaliado nas próximas eleições, mas a necessidade de melhorias estruturais na educação e no mercado de trabalho permanece evidente.