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Taxa de natalidade da China despenca e gera crise de confiança na população

China enfrenta queda na taxa de natalidade, com apenas um nascimento por mulher em 2023, apesar de novas políticas de incentivo à parentalidade

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Homem segurando um bebê caminha por uma rua no distrito de Xuhui, em Xangai (Foto: Reprodução)
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  • A China lançou um subsídio nacional para cuidados infantis em 8 de setembro, retroativo a 1º de janeiro, para tentar reverter a queda na taxa de natalidade.
  • O governo também anunciou que cobrirá o último ano da pré-escola, além de medidas anteriores como isenções fiscais e cobertura de tratamentos de fertilidade.
  • A taxa de natalidade caiu de 2,5 nascimentos por mulher em 1990 para apenas 1 nascimento por mulher em 2023.
  • Muitos jovens expressam desilusão com a parentalidade, considerando o custo de criar filhos menor que a falta de esperança em um futuro promissor.
  • As políticas atuais podem não ser suficientes, e mudanças estruturais são necessárias para reconstruir a confiança nas instituições e oferecer estabilidade aos jovens.

Medidas do Governo Chinês

A China lançou um subsídio nacional para cuidados infantis em 8 de setembro, retroativo a 1º de janeiro, como parte de suas tentativas de reverter a taxa de natalidade recorde em queda. Além disso, em agosto, o Conselho de Estado anunciou que o governo cobrirá o último ano da pré-escola. Essas iniciativas se somam a políticas anteriores, como isenções fiscais e cobertura de tratamentos de fertilidade, visando estimular a formação de famílias.

Desafios Culturais e Econômicos

Entretanto, essas medidas podem não ser suficientes. A taxa de natalidade na China caiu de 2,5 nascimentos por mulher em 1990 para apenas 1 nascimento por mulher em 2023. A questão não é apenas econômica, mas também cultural. Muitos jovens acreditam que a parentalidade não faz sentido em um futuro incerto. Para eles, o custo de criar filhos é menos um obstáculo do que a falta de esperança em um futuro que valha a pena.

A Visão dos Jovens

A desilusão com a parentalidade é evidente. Durante palestras na China, muitos jovens questionaram por que ter filhos em um cenário que consideram sombrio. Essa visão reflete uma retirada de ambições e expectativas sociais, evidenciada por movimentos como o “lying flat” e slogans que promovem a ideia de evitar casamento e filhos.

Consequências Demográficas

As consequências dessa desilusão são preocupantes. O número de registros de casamento caiu continuamente desde 2013, atingindo um nível recorde em 2024. Além disso, as intenções de fertilidade diminuíram, mesmo entre os mais favorecidos. Para muitos, a decisão de não ter filhos não é uma questão de adiamento, mas de opção consciente.

Necessidade de Mudanças Estruturais

As políticas atuais, como bônus para bebês e licença maternidade estendida, frequentemente reforçam papéis de gênero tradicionais, colocando o ônus da criação dos filhos principalmente sobre as mulheres. Para reverter a queda da natalidade, será necessário reconstruir a confiança nas instituições e oferecer oportunidades que proporcionem um senso de estabilidade e propósito. Sem isso, os subsídios não serão suficientes para convencer os jovens a trazer filhos a um mundo que não acreditam ser promissor.

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