- A advogada Fernanda Tripode atua na defesa de homens em casos de alienação parental e falsas acusações, com mais de 20 anos de experiência.
- Ela começou sua carreira em 2004, focando na defesa de pais em processos de pensão alimentícia.
- Tripode defende a Lei de Alienação Parental, considerando-a essencial para o convívio equilibrado entre crianças e seus genitores.
- Ela também destaca a necessidade de visibilidade para a violência doméstica contra homens e critica a aplicação da Lei Maria da Penha, que pode gerar distorções processuais.
- Fernanda participa de redes de apoio e eventos para conscientizar sobre desigualdades nas disputas judiciais.
Em um cenário onde o debate sobre igualdade de gênero frequentemente prioriza as questões femininas, a advogada Fernanda Tripode se destaca na defesa de homens em disputas judiciais. Com mais de 20 anos de experiência, ela se tornou uma referência na luta contra a alienação parental e falsas acusações, promovendo a discussão sobre a violência contra homens e a aplicação da Lei Maria da Penha.
Fernanda começou sua trajetória em 2004, ao perceber a severidade com que pais eram tratados em processos de pensão alimentícia. “Vi muitos sendo afastados dos filhos e decidi atuar onde havia uma lacuna de defesa,” afirma. Desde então, sua especialização em convivência familiar e guarda compartilhada moldou sua carreira, levando-a a representar a Lega Uomini Vittime di Violenza, uma entidade italiana que apoia homens vítimas de abusos institucionais.
Alienação Parental e Desafios Legais
A defesa da Lei de Alienação Parental (Lei 12.318/2010) é um dos focos de sua atuação. “Revogar ou enfraquecer essa lei seria um retrocesso,” alerta Fernanda, que vê a legislação como essencial para garantir o direito das crianças ao convívio equilibrado com ambos os genitores. Ela destaca que a resistência em reconhecer a alienação parental como forma de violência é um dos maiores desafios enfrentados.
Além de sua atuação nos tribunais, Fernanda participa de redes de apoio e eventos que visam conscientizar sobre as desigualdades nas disputas judiciais. Ela também lida com casos de falsas acusações, que podem resultar em estigmatização e afastamento de pais de seus filhos. “Precisamos de mecanismos que evitem injustiças sem comprometer a proteção das verdadeiras vítimas,” defende.
Violência Contra Homens e Políticas Públicas
Fernanda também levanta a bandeira da visibilidade da violência doméstica contra homens, um tema ainda pouco abordado nas políticas públicas. “Muitos não denunciam por vergonha ou medo de não serem levados a sério,” observa. Para ela, é crucial desenvolver políticas que garantam proteção a todos, independentemente do gênero.
A advogada questiona a aplicação da Lei Maria da Penha, argumentando que sua estrutura atual pode ferir o princípio da isonomia. “Medidas protetivas costumam ser concedidas sem contraditório, gerando distorções processuais,” afirma. Fernanda acredita que a proteção legal deve ser universal, considerando a realidade de todos os envolvidos.
A trajetória de Fernanda Tripode reflete um esforço contínuo para equilibrar as discussões sobre gênero no sistema de Justiça, buscando garantir direitos e proteção para todos os cidadãos.