- Um bombardeio israelense atingiu um prédio da Universidade Islâmica em Gaza, onde famílias deslocadas buscavam abrigo.
- O ataque resultou em mortes e ferimentos, com pelo menos 37 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
- Ibrahim al Gharbawi, um dos refugiados, ficou gravemente ferido e preso entre os escombros após o ataque em 14 de setembro.
- A destruição das instituições educacionais em Gaza é alarmante, com mais de 17.700 estudantes e 760 professores mortos desde outubro de 2023.
- A ONU classifica a situação como “escolasticídio”, com 63 edifícios universitários em ruínas e 97% das escolas necessitando de reparos significativos.
Recentemente, um bombardeio israelense atingiu um prédio da Universidade Islâmica em Gaza, onde famílias deslocadas buscavam abrigo. O ataque resultou em mortes e ferimentos, agravando ainda mais a crise educacional na região. O exato número de vítimas ainda é incerto, mas o Ministério da Saúde de Gaza informou que os ataques em toda a faixa de Gaza deixaram ao menos 37 mortos.
Ibrahim al Gharbawi, um dos refugiados, havia se mudado para o campus após deixar Beit Hanoun e o campo de refugiados de Yabalia. Ele e sua família acreditavam ter encontrado segurança, mas no dia 14 de setembro, o local foi bombardeado. Al Gharbawi recorda que, após um aviso de evacuação, as famílias tentaram escapar, mas foram surpreendidas por um novo ataque. Ele ficou gravemente ferido e ficou preso entre os escombros, pensando em seus filhos.
Os bombardeios têm sido parte de uma estratégia israelense para controlar Gaza, onde cerca de meio milhão de palestinos ainda permanecem. O exército israelense justificou o ataque, alegando que o prédio era utilizado pelo Hamas. No entanto, testemunhas afirmam que várias famílias estavam abrigadas no local no momento do ataque.
Impacto na Educação
A destruição das instituições educacionais em Gaza é alarmante. Desde o início da guerra em outubro de 2023, mais de 17.700 estudantes e 760 professores perderam a vida. A ONU classifica a situação como um “escolasticídio”, com 63 edifícios universitários em ruínas e 97% das escolas necessitando de reparos significativos.
A professora Samia al Ghusain alerta que os ataques não apenas destroem prédios, mas visam eliminar o conhecimento e a cultura. A perda de bibliotecas e laboratórios é considerada um ataque ao direito à educação e à identidade cultural do povo palestino. Com a maioria dos estudantes fora da escola, a situação se torna ainda mais crítica, com muitos forçados a estudar em condições inadequadas.
Desafios para o Futuro
A reconstrução do sistema educacional em Gaza exigirá recursos imensos e um esforço a longo prazo. A situação atual, marcada por deslocamentos e bombardeios constantes, tem minado a concentração dos estudantes, levando muitos a abandonarem seus estudos. A comunidade acadêmica enfrenta um futuro incerto, com a necessidade urgente de apoio para restaurar a educação na região.