- Gilles Lipovetsky lançou o livro “La nueva era del kitsch” em 2025.
- A obra, coautoria com Jean Serroy, analisa a ascensão do kitsch na civilização do excesso.
- O autor discute a relação entre estética, consumo e verdade na sociedade contemporânea.
- Lipovetsky argumenta que o kitsch, antes considerado um defeito cultural, ajuda a entender o modo como vivemos e consumimos.
- Ele destaca a importância da formação e educação para manter a diversidade e criatividade, apesar da homogeneização causada por algoritmos.
Gilles Lipovetsky, filósofo e sociólogo francês, lança seu novo livro, “La nueva era del kitsch”, em 2025, onde analisa a ascensão do kitsch como um reflexo da civilização do excesso. A obra, coautoria com Jean Serroy, discute a intersecção entre estética, consumo e a verdade na sociedade contemporânea.
Lipovetsky, conhecido por suas reflexões sobre hipermodernidade e consumo de massas, argumenta que o kitsch, antes visto como um defeito cultural, agora se revela um portal para entender como vivemos e consumimos. O autor destaca que o hiperkitsch, caracterizado pelo uso e descarte, permeia todos os aspectos da vida cotidiana, desde centros comerciais até a cultura pop.
Em entrevista, Lipovetsky reflete sobre o papel da filosofia na era da inteligência artificial, afirmando que, embora a tecnologia tenha um impacto significativo, a filosofia ainda é necessária para organizar o caos informativo atual. Ele critica a ideia de que a filosofia é terapêutica, sugerindo que o verdadeiro bem-estar pode ser encontrado em experiências pessoais, como o amor.
O filósofo também aborda a relação entre consumo e identidade, afirmando que a identidade não se resume ao que consumimos. Para ele, a verdadeira essência da vida está nas relações, na criação e nas decisões políticas, não nas escolhas de consumo. Lipovetsky conclui que, apesar da homogeneização provocada pelos algoritmos, a formação e a educação são essenciais para manter a diversidade e a criatividade na sociedade contemporânea.