- Song-Chun Zhu, cientista da inteligência artificial, retornou à China em agosto de 2020 após quase 30 anos nos Estados Unidos.
- Ele assumiu a liderança do Beijing Institute for General Artificial Intelligence, promovendo a abordagem “small data, big task”.
- Zhu desenvolve o projeto TongTong, uma inteligência artificial inspirada no cérebro de uma criança de cinco anos, com foco em aprendizado criativo.
- O projeto recebeu centenas de milhões de dólares em investimentos estatais, destacando a importância da IA na estratégia nacional da China.
- Em 2023, Zhu se tornou membro do principal conselho político chinês, defendendo que a IA deve ser tratada com a mesma urgência de um programa nuclear.
Song-Chun Zhu, um destacado cientista da inteligência artificial, fez uma mudança significativa em sua carreira ao retornar à China em agosto de 2020. Após quase 30 anos nos Estados Unidos, onde se tornou referência em visão computacional e deep learning, Zhu decidiu liderar o Beijing Institute for General Artificial Intelligence (BigAI). Sua abordagem inovadora, chamada de “small data, big task”, busca desenvolver sistemas que simulem o raciocínio humano com poucos exemplos.
A decisão de Zhu surpreendeu muitos colegas, mas ele justificou sua escolha afirmando: “Eu tenho que fazer isso”. Crescendo na zona rural da China, ele se sentiu motivado a buscar relevância e reconhecimento, especialmente após perceber que sua família era registrada apenas por datas, sem memórias significativas. Em 1992, Zhu conquistou uma bolsa integral em Harvard, onde iniciou sua trajetória na inteligência artificial.
No BigAI, Zhu lidera o desenvolvimento do TongTong, uma IA inspirada no cérebro de uma criança de cinco anos, projetada para aprender e resolver problemas simples de forma criativa. O projeto já recebeu centenas de milhões de dólares em investimentos estatais, refletindo a crescente importância da IA na estratégia nacional da China.
Influência na Política de IA
Com seu retorno, Zhu tornou-se uma figura central na política de inteligência artificial do país. Em 2023, ele ingressou no principal conselho político chinês, defendendo que a IA deve ser tratada com a mesma urgência de um programa nuclear. Sua visão destaca que a inteligência artificial não é apenas um campo técnico, mas a base da próxima revolução industrial.
A demanda por profissionais qualificados em IA está crescendo globalmente. Zhu enfatiza que dominar essa tecnologia é tão crucial quanto ter fluência em petróleo nos anos 1970 ou em internet nos anos 1990. O campo da IA se tornou transversal, abrangendo áreas como saúde, energia, finanças, varejo e educação, e a compreensão de sua lógica é o novo diferencial competitivo no mercado de trabalho.