- Os mercados estão céticos em relação à inteligência artificial (IA), após um estudo indicar que 95% dos programas-piloto não geraram ganhos significativos para as empresas.
- A Character.ai, sob nova gestão, focou em entretenimento e reduziu seus custos pela metade, com cerca de 20 milhões de usuários ativos mensais.
- A empresa está próxima de atingir o break-even em seus custos operacionais, após a saída de seu fundador, Noam Shazeer, que retornou ao Google por US$ 2,7 bilhões.
- A OpenAI adquiriu a Statsig por US$ 1,1 bilhão para melhorar sua monetização, utilizando a análise de produtos para testar novos recursos e introduzir publicidade.
- Apesar das dificuldades enfrentadas pelas empresas, o uso de ferramentas de IA por consumidores individuais continua a crescer, sugerindo novas oportunidades de monetização.
Os mercados estão demonstrando ceticismo em relação à inteligência artificial (IA), especialmente após um estudo que revelou que 95% dos programas-piloto de IA não geraram ganhos significativos para as empresas. Essa percepção negativa contrasta com o crescente uso da tecnologia por consumidores individuais, que têm adotado ferramentas de IA para entretenimento e organização pessoal.
Recentemente, a Character.ai, agora sob nova gestão, focou em entretenimento e conseguiu reduzir seus custos pela metade. A plataforma, que já conta com cerca de 20 milhões de usuários ativos mensais, está prestes a atingir o break-even em seus custos operacionais. A mudança de estratégia ocorreu após a saída de seu fundador, Noam Shazeer, que retornou ao Google por US$ 2,7 bilhões. A nova administração optou por utilizar modelos de IA de outras empresas, como a OpenAI, em vez de desenvolver os próprios.
A OpenAI também está se adaptando ao cenário. A empresa adquiriu a Statsig por US$ 1,1 bilhão, visando aprimorar sua monetização. A Statsig, especializada em análise de produtos, ajudará a OpenAI a testar novos recursos e a introduzir publicidade em sua plataforma. Essa aquisição é comparável à compra da Onavo pelo Facebook em 2013, que permitiu ao gigante das redes sociais obter dados valiosos sobre tendências de uso.
Enquanto as empresas enfrentam desafios para integrar a IA em seus processos, os consumidores continuam a gastar tempo e dinheiro em ferramentas que oferecem entretenimento e apoio emocional. Essa mudança sugere que a monetização da IA pode vir de assinaturas e publicidade, similar ao que ocorreu com empresas de jogos e redes sociais. Se Wall Street vê um “inverno da IA”, a primavera da IA pessoal já está em andamento.