- O Ministério da Educação (MEC) homologou novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a graduação em medicina, atualizando o currículo após quase dez anos.
- As novas diretrizes enfatizam a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS), a inclusão e a saúde mental.
- Foi criada uma prova nacional, o Enamed, para avaliar as competências dos estudantes no quarto ano da graduação.
- As novas diretrizes ampliam as exigências de infraestrutura das faculdades, como laboratórios de simulação clínica e programas permanentes de capacitação docente.
- Cursos mal avaliados poderão sofrer penalidades a partir de 2026, podendo ser fechados pelo MEC.
Ministério da Educação atualiza formação médica com novas diretrizes
O Ministério da Educação (MEC) homologou novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a graduação em medicina, introduzindo mudanças significativas. Essas diretrizes atualizam o currículo após quase dez anos, enfatizando a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS), a inclusão e a saúde mental. Além disso, foi criada uma prova nacional, o Enamed, para avaliar as competências dos estudantes no quarto ano da graduação.
Integração com o SUS
As novas diretrizes reforçam a integração com o SUS, prevendo que os estudantes passem por experiências práticas desde o início do curso. O objetivo é garantir que os egressos tenham competências para atuar em todo o espectro da atenção em saúde, da prevenção à reabilitação. “Esse é mais um passo importante para garantir a qualidade da formação em medicina”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana.
Inclusão e saúde mental
Outro eixo central das novas diretrizes é a valorização da diversidade, com a obrigatoriedade de políticas de inclusão, núcleos de apoio psicossocial e programas de mentoria e saúde mental para os alunos. As diretrizes ainda incorporam temas contemporâneos, como inteligência artificial, análise de dados em larga escala, mudanças climáticas e sustentabilidade.
Prova Nacional Enamed
A criação do Enamed, uma prova nacional no quarto ano da graduação, é uma das principais novidades. O exame pretende padronizar competências e permitir correções no percurso de formação. Cursos com desempenho insuficiente estarão sujeitos a acompanhamento especial e visitas in loco. O Enamed será baseado em critérios definidos para o Enade, observadas as DCNs, os normativos e as legislações de regulamentação do exercício profissional vigentes e pertinentes à área médica.
Impacto nas faculdades
As novas diretrizes ampliam as exigências de infraestrutura das faculdades, como laboratórios de simulação clínica e programas permanentes de capacitação docente. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a homologação como “um grande salto” para a profissão, destacando que o processo de revisão foi resultado de consultas públicas, audiências e reuniões com universidades, entidades médicas e representantes da sociedade civil.
Melhoria dos cursos de medicina
As novas diretrizes surgem na esteira da expansão dos cursos de medicina, principalmente o número de cursos mal avaliados. O MEC e a pasta da Saúde anunciaram um pacote de decisões em prol da melhoria dos cursos de medicina no país. Cursos mal avaliados poderão sofrer uma série de penalidades a partir de 2026 caso não se adequem às exigências impostas. Inclusive, dependendo das circunstâncias, os cursos poderão ser fechados pelo MEC.